Pais e
filhos estão a ser amputados uns dos outros, nas fronteiras americanas com o
México. Em nome dos altos valores da protecção e segurança dos EUA, os pais são
metidos na cadeia com grades de ferro e as crianças engaioladas em galinheiros
com redes de arame. Os mesmos valores que Trump apregoa e defende quando rasga
o acordo climático de Paris ou o nuclear com o Irão, enquanto negoceia a paz
com Kim, e abre guerra económica a torto e a direito. Considerou que o seu país
está a ser atrapalhado pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, decidindo
sair, tal como fez com a UNESCO. Internamente, pugna, com os mesmos argumentos,
para não se retirar aos americanos o “direito” de se manterem, à “vontade do
freguês”, armados até aos dentes. Para ser agraciado com o Prémio Nobel da Paz,
só lhe falta, julgará ele, assassinar com as suas próprias mãos um delinquente
qualquer que tenha sido apanhado a roubar um sabonete.
Do lado de
cá do Atlântico, as coisas não vão muito melhores. Em Itália, o “dono” do
Governo, Salvini, depois do “brilho” conquistado no episódio Aquarius, já mandou fazer o
recenseamento dos ciganos residentes. Estará também a preparar a candidatura ao
Nobel?
Ressalva: apesar de ter tido agora mesmo conhecimento de que
Trump, felizmente, sob muitas pressões, determinou o fim da
separação das famílias de imigrantes, mantive o texto original.
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