quarta-feira, 20 de junho de 2018

Chega de candidatos ao Nobel da Paz


Pais e filhos estão a ser amputados uns dos outros, nas fronteiras americanas com o México. Em nome dos altos valores da protecção e segurança dos EUA, os pais são metidos na cadeia com grades de ferro e as crianças engaioladas em galinheiros com redes de arame. Os mesmos valores que Trump apregoa e defende quando rasga o acordo climático de Paris ou o nuclear com o Irão, enquanto negoceia a paz com Kim, e abre guerra económica a torto e a direito. Considerou que o seu país está a ser atrapalhado pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, decidindo sair, tal como fez com a UNESCO. Internamente, pugna, com os mesmos argumentos, para não se retirar aos americanos o “direito” de se manterem, à “vontade do freguês”, armados até aos dentes. Para ser agraciado com o Prémio Nobel da Paz, só lhe falta, julgará ele, assassinar com as suas próprias mãos um delinquente qualquer que tenha sido apanhado a roubar um sabonete.

Do lado de cá do Atlântico, as coisas não vão muito melhores. Em Itália, o “dono” do Governo, Salvini, depois do “brilho” conquistado no episódio Aquarius, já mandou fazer o recenseamento dos ciganos residentes. Estará também a preparar a candidatura ao Nobel?

Ressalva: apesar de ter tido agora mesmo conhecimento de que Trump, felizmente, sob muitas pressões,  determinou o fim da separação das famílias de imigrantes, mantive o texto original.

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