Refugiados e migrantes tratados como coisas!

No dia internacional dos refugiados, o governo fascista húngaro, por emenda constitucional, punirá quem ajudar refugiados com um ano de prisão! A Áustria, Eslovénia, Polónia e Itália estão num rumo idêntico. O Brexit, no Reino Unido, agrava. Na Alemanha, se a chanceler Merkel teve algum acolhimento face a quem foge da fome, da guerra e da morte!, hoje, na coligação da qual é líder, tem, no seu parceiro - ministro do Interior, um propósito igual ao daqueles países que é o de fechar fronteiras. Nos EUA, o seu pior presidente tomou uma decisão bárbara, xenófoba e cruel ao separar violentamente os filhos de imigrantes mexicanos, que foram enjaulados a gritar e a chorar. Assim, fez sentido terem abandonado a Convenção dos Direitos Humanos da ONU. OS EUA são o resultado de imigrações, mas Trump não sabe pois é ignaro. A História repete-se, com outros contornos: «Ontem», a perseguição na Alemanha e não só, à homossexualidade, ciganos e judeus - culminou no seu extermínio, pelos nazis.    Como combater este desafio maior para o futuro da Europa? O directório de Bruxelas, forte para os fracos, impôs sanções desumanamente austeritárias aos países do Sul, no âmbito do Euro. Porque não sanciona com mão de ferro quem não respeita as leis da Convenção de Genebra e está a rasgar o Tratado de Schengen - livre circulação de bens e pessoas? Combate-se pela erradicação do medo no seio da opinião pública, manipulada por mentiras. Urge não contemporizar ou temer a extrema-direita, que cavalga no amedrontamento das pessoas, não podendo dominar a agenda política.    As democracias reformistas ocidentais têm sido complacentes para com um futuro pré-medonho. A não mudança de rumo, já!, terá consequências terríveis! A próxima Cimeira sobre este tema tem a palavra…    Os 630 refugiados/migrantes do navio Aquarius foram tratados, pelo ministro fascista italiano do Interior , como coisas. A UE deve começar a ajudar a resolver este drama, primeiramente, nos países de origem…     Portugal não tem sido um paraíso para imigrantes, migrantes e refugiados, porém, temos sido anfitriões integradores.                     Vítor Colaço Santos