quinta-feira, 28 de junho de 2018

Carta ao director

Ao PÚBLICO
David Diniz
Director do PÚBLICO

Saúde

Como comprador diário e leitor do seu e ‘’meu’’ jornal, manifesto-lhe dúvidas, inquietações,
questões,… Quando o PÚBLICO, nos chama à atenção em nota de rodapé, na contra-capa:«(…)
jornalismo independente, (…) e análise diferenciada. Para continuarmos precisamos de si».
Acrescento, a auto-referenciada pluralidade. Jornalismo independente de quê? De quem? As
caras que acompanham a nota - a (extrema) Direita goleia. Rui Tavares é o único, com asseado
propósito de Esquerda. Teresa, Pacheco, Miguel e Tavares - grosso modo, afinam pelo en-direitado diapasão. Isto é pluralidade? Como disse?
O PÚBLICO tem dado página inteira, a uma senhora sionista, Ester Muznik, que tem defendido
o inqualificavelmente indefensável - a política de genocídio israelita, contra os Palestinos -  de
facto! Escrevi um artigo de opinião (não lhe chame carta, porque menospreza quem escreve),
para o PÚBLICO em 11 de junho. Repeti em 23 de junho, de elevadíssima importância mundial:
                                          Israel quer acabar com os Palestinianos?
A eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, foi o pior que podia ter acontecido ao Povo
palestiniano. E a Israel também… já que muitos israelitas não se revêm na política musculada
fascizante do seu líder, Benjamim Netanyahu, respaldado por aquele. A imprensa internacional confirma-o, dizendo que a oposição está activa. É notória a crueldade praticada contra os palestinos da Faixa de Gaza, atingindo a mais elevada escala. Uma política de persistente paulatino genocídio está em curso… Todo o capital de simpatia que os judeus mereceram, pelo seu  extermínio nazi, de que foram vítimas, há muito que desapareceu.
   Uma barbaridade inqualificável acaba de ocorrer naquelas paragens: Duas voluntárias paramédicas, ao socorrerem um palestino ferido por balas reais, são intimadas a parar por um soldado israelita, tendo de imediato erguido os braços. De seguida é-lhes lançado gaz lacrimogénio, e depois são alvejadas com tiros. Uma delas morreu! Matar técnicos de saúde em auxílio humanitário num cenário de conflito armado é um crime sem perdão. A soldadesca sionista já feriu 245 paramédicos e metralhou 40 ambulâncias! São crimes de guerra contra a humanidade e os responsáveis devem ser julgados no Tribunal Internacional de Haia e punidos. Exemplarmente! (Mas, Trump não quer e não deixa… ).
   Nos últimos dias foram mortos mais de cem palestinianos e mais de um milhar ficaram feridos. No exército israelita não há vítimas registadas.
   Caso este desproporcionado confronto, fogo real contra pedras, acontecesse num país muçulmano ou outro, já tinha havido um clamor mundial, protestos, resoluções, sanções, etc. etc. Contra as pedras, as balas sem razão, não ganharão!

Foram parar ao lixo. Atenção!, não lhe rogo publicação, tão-só perguntar-lhe: Nenhum leitor
 espelhou contraditório, ficava-lhe bem, reflectir contraditório. Precisa mesmo de leitores que
escrevem artigos de opinião, que pretendem ser corajosos, desassombrados e fora da caixa?
Pluralidade? Como disse?
O DN está semi-’’morto’’. Uma tragédia para os camaradas jornalistas que ficarão sem pão!!
Também porque obliteraram o contributo ofertado para as «Cartas ao Director». A nossa tertúlia, não quer que ao PÚBLICO aconteça igual. Jamais!
Que Saudade do querido Provedor do Leitor, o iluminado Paquete de Oliveira. Para quando a sua substituição? O Provedor morreu de morte matada?
E por precisarem de mim, a frontalidade e a franqueza animaram esta carta. Oxalá, tivesse contribuído valor acrescentado para o «meu» PÚBLICO! Conservador.

Na expectativa. Continuarei comprador e leitor
Vida Longa ao PÚBLICO!, e a quem o Labora!
Cumprimento-o
Vítor Colaço Santos

2 comentários:

  1. Excelente, Vítor! Tudo isso, enquanto o fascismo levanta a cabeça aí por essa Europa fora. Calam o bico a quem, com mais vigor, o denuncia. Eu, e tantos, queixamo-nos do mesmo.

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  2. Passou-me! Por essa Europa fora, e, claro, na filial do imperialismo ianque; Israel. Que os que mandam na velha Europa, não condenam. Pelo menos com o vigor com que o deveriam fazer.

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