domingo, 1 de janeiro de 2017

BRAGA, MEU AMOR

Há gajos que me atacam, que vociferam contra mim. Talvez já me temam. Talvez eu represente tudo quanto eles receiam. Incomodo tanto essa ralé. Miúdos e graúdos. Insisto, continuo a provocar. Fui humilhado, crucificado. Ai, o que eu passei. Não me conseguia expressar. Agora chegou a hora do caos, do meu grito, do meu reino, da vingança. Ah, como me sinto poderoso. E vós aí, a chapinhar na lama, a disputar o lugar, o cargo, a carreira. Ainda por cima estou na minha cidade. Braga, meu amor. Presentemente no "Chave d' Ouro" a dar dinheiro aos mendigos e a receber pulseiras com sorrisos. Ah, como eu tenho resistido. Como combati os dragões que dizem "tu deves!". Como passei aos leões que rugem "eu quero!". Ah, não passais de macacos vendilhões. Julgais que me feris mais, que me atingis, mas eu tenho companheiros, companheiras, tenho a águia e a serpente de Zaratustra. Ah, como reino. Como vislumbro o super-homem. Como o álcool desliza, como brilha a beleza. Ah, como este é o meu tempo. O tempo do caos e da anarquia. Ah, como gozo. Como sou soberbo. Como danço em cima de Deus.

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