domingo, 9 de dezembro de 2018

Henrique O´Neill, Carlos César e Fernando Negrão

Contava assim o poeta no século XIX:
 
Um moleiro e um Carvoeiro
Travaram-se de razões
Era um da cor da neve
Outro da cor dos carvões

Cada qual deles teimava
Que o outro mais sujo estava
Tinham ambos a mão leve
Choveram os bofetões.

E qual foi o resultado?
Um ao outro se sujou 
Pois ficou o carvoeiro empoado
E o moleiro enfarruscado

Assim fazem as comadres
Se começam a ralhar
Assim fazem os compadres
Se a politica os separa 

Cada qual sem se limpar
Consegue o outro sujar
Nem isso é coisa rara

Hoje O' Neil diria assim.

O césar e Negrão travaram-se de razões
Uns aldrabavam nas viagens
Outros nas reuniões
Cada qual deles teimava
Que o outro mais aldrabava
Etc etc etc.…

Quintino Silva


Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.