A 13 de Fevereiro de 1965, Humberto da Silva Delgado, é assassinado pela PIDE, é assassinado
pela PIDE, polícia política do Estado Novo. Foi candidato independente às eleições
presidenciais de 1956. Questionado sobra qual o destino que daria a António Oliveira
Salazar, se fosse eleito, teve a coragem de afirma “Obviamente, demiti-o”.
Humberto da Silva Delgado,
foi um militar português da Força Aérea que corporizou o principal movimento de
tentativa de derrube do regime salazarista através de eleições, tendo contudo
sido derrotado nas urnas num processo eleitoral fraudulento que deu a vitória
ao candidato
Do regime vigente,
Américo Tomás. Ficou popularmente conhecido como O General sem Medo.
Nasceu a 15 de Maio
de 1906, em Boquilobo, freguesia de Brogueira, concelho de Torres Novas,
distrito de Santarém, foi assassinado a 13 de Fevereiro de 1965, em Los Almerines,
Olivença, Espanha.
Frequentou o
Colégio Militar entre 1916 e 1922. Em 1925 entrou na Escola Prática de Artilharia,
em Vendas Novas.
Participou no
movimento militar de 18 de Maio de 1926, que derrubou a República Parlamentar e
implantou a Ditadura Militar que, poucos anos mais tarde, em 1933, iria dar
lugar ao Estado Novo liderado por Salazar.
Estudou no Instituto
de Altos Estudos Militares de 1932 a 1926.
Durante muitos anos
apoiou as posições oficias do regime salazarista, particularmente os eu
anti-comunismo.
Em 1941, Humberto
Delgado, assumiu publicamente as suas simpatias para com a Alemanha Nazi,
publicando dos artigos na Revista Ar onde afirmou: “O ex-cabo, ex-pintor, o
homem que não nasceu em leito de renda amolecedor, passará à História como uma
revelação genial das possibilidades humanas no campo político, diplomático,
social, civil e militar, quando à vontade de um ideal se junta a audácia, a
valentia, a virilidade numa palavra.
Representou Portugal
nos acordos secretos com o Governo Inglês sobre a instalação das Bases Aliadas nos
Açores durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1944 foi nomeado
Director do Secretariado da Aeronáutica Civil.
Entre 1947 e 1950
representou Portugal na Organização da Aviação Civil Internacional sediada em
Montreal, Canadá.
Foi Procurador à
Câmara Corporativa (V Legislatura) entre 1951 e 1952.
Em 1952 foi nomeado
adido militar na Embaixada de Portugal em Washington e membro do comité dos
Representantes Militares da NATO. Promovido a general na sequência da
realização do curso de altos comandos, a onde obteve a classificação não
máxima, passa a Chefe da Missão Militar junto da NATO.
Regressado a
Portugal foi nomeado Director-Geral da Aeronáutica Civil.
Obras como as
Memórias de Humberto Delgado, Crónicas políticas e militares da II Guerra
Mundial.
Tem na Estação
Ferroviária de Santa Apolónia, na cidade de Lisboa, uma Placa de homenagem ao
General Humberto Delgado.
Se estudarmos a actuação de toda a vida do general Humberto Delgado, temos de concluir que é uma figura controversa. A nomeação do aeroporto é uma medida bacoca que está fora do tempo. Nem o fascismo, de que foi uma figura servidora, se lembrou de o fazer. Podiam dar esse nome a um futuro aeroporto. É puro oportunismo que nos vai custar uns milhões com a alteração de toda a documentação que deva ser mudada. Está no íntimo desta gente, quando não fazem obras, mudam o nome das existentes, para que, daqui a umas décadas, se julgue que foram eles que as edificaram. Gente esperta e pequenina encontra esta forma de se salientar.
ResponderEliminarSim, de facto,o General Sem Medo foi uma figura algo controversa, mas teve o seu real valor na História colectiva de Portugal. Já o mesmo se não passou com o desaparecido Sá Carneiro,figura histórica com algum valor, mas longe do primeiro, e hoje também tem o nome de um aeroporto. E mudando de assunto, mas no mesmo assunto, continuo a achar descabido a alteração do nome da Ponte Salazar para 25 de Abril. É a minha opinião.
ResponderEliminarEfectivamente o nome que foi dado à Ponte Salazar, nunca poderia ser alterado para Ponte 25 de Abril. História é história e por nada deste mundo se pode alterar o rumo da história e os nomes dados aso monumentos...mas infelizmente assim aconteceu.
ResponderEliminarCumprimentos aos dois comentadores,a cerca deste assunto.
Mário Jesus