Quem falhou? De quem
foi a culpa?
Todos falhamos!
Quem não teve a culpa,
sem sombra de dúvida, foram as pequenas Samira e Viviane, perdidas para o mundo
por conta duma guerra de adultos e da sua incompetência como pais.
De uma sociedade que dá
primazia aos escândalos financeiros, a comentários de bancada, a trivialidades
que nada acrescentam ao nosso crescimento enquanto seres humanos e em que se
secundariza o que supostamente é o nosso futuro através das crianças que deveríamos
proteger, amar e preparar para nos substituírem, não é de esperar outra coisa.
Todos sem excepção têm
culpas: desde logo a mãe e o pai que não cuidaram; os serviços sociais tão
rápidos e zelosos em algumas situações e tão ao relanti em outras; a autoridade, que deveria estar apetrechada com as
tais competências, tão alardeadas, mas que a prática demonstra que na maioria
dos locais, se resume a um qualquer funcionário de serviço, num qualquer local de
expediente e sem quaisquer qualificações para determinar o estado mental da
pessoa a ser ouvida; e por fim, o hospital onde a mãe terá levado as crianças
nos dias anteriores, numa espécie de grito de alerta…
Ao invés de sortear
carros aos cidadãos, ou certificados de aforro, ou a criação desnecessária de
cargos que nada acrescentam à nossa evolução enquanto país, coloquem os
profissionais ligados à saúde mental, próximos das populações, para que se
possa corrigir a montante aquilo que se tornará inevitavelmente num drama
social a jusante, com os incontestáveis custos económicos e sociais.
Nas escolas, nos
hospitais, PSP, GNR, de forma mais visível e onde facilmente e sem burocracias possa
ser pedida ajuda e orientação.
Existem excelentes
profissionais neste país, muitos dos quais e executar tarefas que nada tem a
ver com a sua formação. Criem-se equipas multidisciplinares (três seriam
suficientes, norte, centro e sul), com autonomia de deslocação e autoridade nos
casos que envolvem crianças e em coordenação com as instituições locais de
protecção.
Afinal, por este país fora andam tantos “profissionais” a ganhar ao quilómetro por tarefas tão
desnecessárias quanto improdutivas!
Já se percebeu que,
caso a caso, para haver uma solução é necessário esperar pela autoridade, pela
justiça e pelos serviços sociais, o que é imenso tempo para quem está, por
vezes, muitas vezes, desorientado e em grande desespero.
O diagnóstico está correcto. Mas quem é que não o conhece já? desgraçadamente, infelizmente, a tragédia com crianças irá repetir-se.O nosso laxismo, a nossa indiferença, faz parte do nosso adn. Portanto, a Fátima tem razão: todos falhamos!
ResponderEliminarMas o nosso adn não é todo igual. É preciso agir urgentemente para pelo menos minimizar o máximo possivel casos destes. É dever de todos e somos todos que elegemos o governo, que deve defender-nos, portanto é preciso que o governo tome medidas drásticas e urgentes para evitar casos como este. Como mãe falo e não consigo entender casos destes, é dificil aceitar que um pai faça mal a um filho, mas uma mãe???? Quem o carregou no ventre, quem o deu á luz, quem o alimentou, quem ficou noites sem dormir a seu lado quando estava doente ou simplesmente com uma birra, como pode uma mãe cometer tal crime? Só pode estar muito doente mentalmente, é a única situação que consigo encaixar, por isso é preciso ajuda para estas pessoas para o bem das nossas crianças que como bem se disse foram as únicas inocentes a pagar tão cara factura.
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