Já tinha
sido um erro e que foi pago com vidas, um jornal satírico francês ter tido o
mau gosto, repetido e repetido, de achar que a “sua” liberdade era achincalhar Maomé,
ou seja, o islão. E agora já o veio fazer com o cristianismo!
Temas há,
que têm — devem — de ser abordados com muita seriedade e cuidado, nos quais se incluem
sexo e religiões/Igrejas. (.)
Quanto ao
satírico jornal francês, nada mais haverá a dizer.
Quando ao
Bloco de Esquerda, para fazer passar a mensagem que venceu na sua “igualdade”
em casais do mesmo sexo poderem adoptar filhos, ter feito uma comparação com
Jesus Cristo ter tido dois pais do mesmo sexo, que conforme dizem as Escrituras
seriam Deus e José, é de muito, mas muito mau gosto.
Quem “isto”
escreve estará um pouco à vontade para o fazer, dado já ter sido crente, mas
pelo andar da vida ter deixado de o ser, pelo que nem com Maomé, nem com Jesus
Cristo, nem com o Messias que há-de vir dos judeus se melindra.
Mas
considera de muito mau gosto terem de ser usadas estas “tácticas”, quer para
ganhar dinheiro como o jornal em Paris, quer para passar a mensagem de vitória
de um modelo defendido pelo Bloco de Esquerda.
E tem o
efeito totalmente contrário ao que por certo se quereria, no caso o Bloco, que não
foi estar a passar a mensagem de que a vontade que tiveram, discutível, de
casais do mesmo sexo conseguirem adoptar crianças está legalizada; e ficou a
confusão de se terem metido numa área que melindra muita gente, num país
potencialmente católico de Roma, como é o nosso.
E mesmo que
as pessoas arranjem sempre uma desculpa para não serem praticantes, e só irem à
missa de quando em vez, no fundo foram educadas na crença católica romana e não
gostam de a ver ridicularizada.
E,
convenhamos, “não havia necessidade”. (...)
Augusto Küttner de Magalhães, Porto
Público EDIÇÃO PORTO SEG 29 FEV 2016
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