Recordar é viver. Uma frase quase sapiente,
mas que carrega algum saudosismo. Mas chegou o momento de trazer à memória uma
feliz atitude do jornal Público, pois ele assume-se há já alguns anos, e que nós
queremos sempre repetidos, como o Jornal mais vanguardista deste país, mais
próximo dos valores, que são fruto do trabalho dos homens, que merecem ser
enaltecidos. Decorreram cerca de mais de uma dúzia de anos, creio, que este
estético, suculento, e bem constituído diário, que nos fornece informação e
pensamento da melhor qualidade, colocou no mercado com o jornal, um conjunto de
livros, reunidos no nome, "Colecção Mil Folhas". Após deter o olhar
na minha pobre estante aonde repousa o meu parco investimento de leitura à mão,
e à medida que a ia percorrendo, redescobri o livro nº1 dessa tal Colecção,
então editada pelo jornal. E qual era o título desse tomo nº 1, então posto nas
bancas impresso em 2002, na cidade aonde é dado a ver o melhor clube do mundo -
Barcelona? Nada mais nada menos, que o Livro de Umberto Eco - "O Nome da
Rosa", ilustrado na sobrecapa com uma foto de Hulton Getty/Laura Ronchi. O
livro do maravilhoso autor falecido na última sexta-feira, é um romance com
cerca de 500 páginas. que alcançou "uma aclamação mundial que veio
modificar os critérios de produção das editoras, e não apenas das italianas".
Lê-se na sobrecapa. O Público, sendo um Jornal, pertence a esse grupo que soube
juntar-se à importância que a Cultura
tem no desenvolvimento dos povos e demonstrou estar atento à importância que a
civilização tem de ter entre mãos, também por este método, "mil folhas
para leitura" ou mais, para a tornar melhor e mais erudita. Um Jornal que "não
cessa, e talvez nunca venha a cessar, de nos seduzir e maravilhar",
tal como a obra e o autor que distribuiu em lugar primeiro, já lá vão uns anos.
Joaquim A. Moura
- Penafiel
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