MUSEU DO BRINQUEDO PORTUGUÊS
Transcrevo da “Revista Limiana”, da Casa do Concelho de
Ponte de Lima em Lisboa, o pequeno texto e poema de Maria Júlia C. V. de Barros
dedicados ao Museu do Brinquedo Português em Ponte de Lima.
BRINQUEDOS
…Levo o coração, a memória e a saudade e pelas mãos os netos
e a criança que sempre serei, em cantigas de roda e onamatopaicas de rimas e
risos…Tenho a mania das cores e nunca o meu dia acorda em fundo preto e branco.
Sou criança!... Às vezes amanheço em azul céu e outras verde-mar e quando o sol
e a felicidade querem, nem sei de que cor sou porque tenho o arco-íris
inteirinho a beber na palma das minhas mãos. Sou criança!... Mas quando
amanheço cor-de-rosa amanheço ainda mais criança e sou cor de livro, aventura e
sonho, cor de boneca, comboio e carrinho, sou cor de brinquedo, cor de brincar.
E aí pego no coração, na memória e nos netos e em cantigas de roda e
onomatopaicas de rimas e risos, vou ao passado rebuscar lembranças e saudades
felizes de brincadeiras prazerosas…
Bonecas mimosas carrinhos de lata
Comboios que apitam em fumos de prata
Baldinhos de praia tão cheios de mar
Onde o coração se deita a boiar
Cavalos de pau estrunfes e anões
A Branca de Neve e outras emoções
Soldados de chumbo ao som do tambor
Que conquistam o mundo em lutas de amor
Com flautas e rocas a marcar compasso
Recolho memórias por onde quer que passo
Tão viva é a lembrança de antigos folguedos
Que volto a criança cheiinha de medos
De caír dos sonhos e quebrar os brinquedos.
Amândio G. Martins
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