segunda-feira, 23 de maio de 2016

VALEU A PENA ESPERAR 50 ANOS. SE VALEU


Valeu a pena esperar 50 anos. Se valeu
Fez ontem dia 22 de Maio de 2016, (que enorme coincidência de datas), precisamente há cinquenta anos, mais propriamente na época de 1965/66, em que o Sporting C. Braga tinha ficado em 10º. lugar no campeonato Nacional e defrontou na final dessa mesma época o, Vitória Futebol Clube, de Setúbal, e que tinha ficado em 5º. Lugar, tendo o Sporting C. Braga ganho por 1-0, no palco do Estádio Nacional, Jamor, vencendo assim a sua primeira Taça de Portugal, diante de um Vitória Futebol Clube, de Setúbal, (que na época anterior tinha vencido, na final do mesmo troféu o pedroso SL Benfica, por 3-1, que tinha sido finalista vencido por 0-1,nessa época de 1964/65, na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus com o Inter de Milão e recheado pelas grandes vedetas da época). O Sporting C. Braga ao ter ganho por 1-0 com o golo solitário a acontecer ao minuto 77 e apontado pelo goleador de então, o argentino Miguel Perrichon. Jogo esse, que foi arbitrado por Braga Barros da Associação de Futebol de Leiria, e culminou assim com o maior feito a nível de títulos, até então alcançado pelo clube da cidade dos Arcebispos o Sporting Clube de Braga, que era então treinado pelo já falecido treinador Rui Sim-Sim, que foi jogador do Desportivo da Cova da Piedade e do Sporting Clube de Braga. 

Passados os tais cinquenta anos, e nesta edição número 76 da Taça de Portugal e já depois de o Sporting Clube de Braga, ter estado presente na final de 18/05/77, no Estádio das Antas, tendo perdido com o FC Porto por 1-0; na final de 29/05/82, no Estádio Nacional, tendo perdido com o Sporting CP por 4-0; na sua 4ª Final em 24/05/98, no Estádio Nacional, tendo defrontado o FC Porto e tendo perdido por 3-1; e em 31/05/2015, no Estádio Nacional, tendo defrontado e tendo perdido com o Sporting CP, com o jogo no tempo regulamentar a registar um empata de 2-2, e tendo perdido na marcação de grandes penalidade por 3-1.

Finalmente ontem no mesmo palco, o Estádio Nacional, e após os dolorosos e inesquecíveis cinquenta anos, de uma espera ansiosa, foi o culminar de um velho sonho que o Sporting C. Braga perseguia e que acabou por concretizar, depois de um autêntico jejum e após a sua 6ª.presença, na prova rainha do calendário do futebol português, e, lá conseguiu diante do FC Porto vencer a prova pela segunda vez, com o resultado no tempo regulamentar e após prolongamento a registar uma igualdade de 2-2.



E, depois? E, depois foi como sempre a lotaria das grandes penalidades, que desta vez veio a favorecer a equipa comandado pelo técnico Paulo Fonseca. E contudo o fantasma da derrota da época passada com o Sporting CP, chegou a pairar, mas desta fez com justiça a equipa bracarense acabou por ser mais feliz. Juntando assim e enriquecendo o seu museu a segunda Taça de Portugal, uma Taça Intertoto na época de 2008/09, mais uma Taça da Liga ganha na época de 2012/2013 e finalista vencido na Liga Europa na época de 2010/11.

Como diz o refrão da canção de Chico Buarque…" foi bonita a festa pá, fiquei contente". Que bonita moldura humana interessante que encheu por completo o "velhinho" Estádio Nacional, onde predominou as cores azuis e brancas e o vermelho do grande Braga. Dois finalistas dignos de terem estado presentes nesta edição 76, desta Taça de Portugal. Mas só um podia efectivamente ganhar e a sorte, neste caso sorriu ao Sporting C. Braga, clube fundado em 19 de Janeiro de 1921. Contudo um ou outro caso, isolados de menos desportivismo, mas que não chegou para estragar a festa e impedisse que tivesse sido um belo jogo de futebol e um agradável espectáculo que encerrou assim a época futebolista a nível de futebol de primeira. Agora, até à próxima época.

(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal  RECORD de 23 de Maio de 2016)
MÁRIO DA SILVA JESUS


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