Adoro mesquitas, e igrejas. Os minaretes e os torreões tiram-me
do sério, elevam-me. Diga-se já para que não se encontre motivo retorcido que também
adoro uma bela sinagoga. Pelo-me por qualquer tipo e tamanho de templo, caiba
num viés ou ocupe todo um amplo quarteirão, se bem sendo maiores são mais
imponentes, e nós não estamos aqui para gostar de coisas pequenas.
Apesar de ser ateu pela impossibilidade intelectual de estar disponível
para uma epifania religiosa, mandasse e corria com todos os moradores, mesmo os
mais renitentes e difíceis que insistem em morar uma vida inteira no mesmo sítio
e não dar lugar a outros, para construir belas e majestosas e ricas mesquitas e
catedrais e casas de ofícios (espirituais entenda-se). Enchia a cidade, a
cidade de deus, mesmo que ficasse sem homens para assistirem às liturgias que
são tão bonitas e purificadoras.
Quem não pensa assim não tem visão, e quem não tem visão não vê,
e quem não vê não pode guiar ninguém.
O mal do mundo está nos que não gostam das mesquitas, os que
desdenham as igrejas, os que viram a cara a uma sinagoga. Se gostassem
compreenderiam a falta que nos fazem, pelos seus exemplos de tolerância e
inclusão.
Já agora, se eu me chamo Luis e sou único, porque que razão
precisa deus de tantos nomes? E de tanta casa? Quando ele habita não é no nosso coração?
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