O título acima foi copiado de um programa semanal da
Antena 1, difundido aos sábados pela uma da tarde. Com moderação de Luís
Marinho, tem como “estrelas” Jaime Nogueira Pinto e Ruben de Carvalho. Ambos
radicais e livres, um de direita, outro de esquerda. Radicais porque não se
ficam pela rama das coisas, vão às raízes. Livres porque só devem obediência às
suas cabeças.
A ideia básica para o programa é a interpretação dos
factos actuais à luz da História, área em que qualquer dos três intervenientes
dá provas de muito saber. Não se trata de debitar factos e datas, que também
importam, mas que qualquer um de nós, sobretudo com as ferramentas hoje disponíveis,
o pode fazer facilmente, possivelmente sem lhe acrescentar nada de novo. O
essencial é, sim, a INTERPRETAÇÃO de factos e ideias.
Nogueira Pinto e Ruben de Carvalho sobressaem em muitas
dimensões. Antes de mais, não me canso de enaltecer a honestidade intelectual
que ambos respiram e transpiram. Aliás, por isso mesmo, é muito frequente que
cheguem a conclusões muito parecidas, quando não exactamente iguais.
Há polémicas? Claro, mas superiormente dirimidas em estrito
cumprimento das leis que regem estas coisas dicotómicas. Há respeito? Sempre,
sem se cair na bajulação ou na arrogância, que são coisas que os que gostam de
pensar (em vez de dominar) rejeitam liminarmente. Há inteligência? Da melhor,
quando se ponderam as afirmações e não se diz a primeira coisa que vem à
cabeça, percorrendo-se sempre um rumo de discussão sem desvios do essencial à
primeira (in)conveniência, onde não se despreza a árvore, mas se privilegia a
floresta, e o particular não obnubila o geral. Há humildade? Sem quaisquer
subserviências, aqui ou acolá, confessam-se falhas de conhecimento (quem as não
tem?), sem que os parentes caiam na lama, evidenciando enorme ânsia de saber
que só enaltece quem a possui e que revela, curiosamente, grande sabedoria e
elevação.
Em resumo, eu diria que, semanalmente, dão uma lição a
tantos e tantos comentadores, profissionais ou não, que andam por aí nas TV’s,
rádios e outros espaços de debate. Pena que tenham poucos alunos e alguns (como
eu) faltem a algumas aulas.
Expresso, 28.05.2016 - adaptado (por mim) e com 2 cortes
Fez bem, amigo José Rodrigues trazer aqui este exemplo de humanismo e tolerância. Já me tinha lembrado de falar nele. Passa na Antena 1 aos Domingos depois do noticiário das 13 horas. Diria que fazia bem a alguém que aqui escreve ouvi-lo. Mas muito provavelmente não adiantava nada...
ResponderEliminarCaro Francisco Ramalho,
ResponderEliminarObrigado pelo comentário e pelo seu interesse. Mas olhe que é aos sábados.
Na ânsia de se meter comigo, esta “coisa”, meteu água.
ResponderEliminarJá sei, que de seguida vem dizer que a indirecta não era para mim.
Está a ver Amigo Amaral, como há “coisas” que não merecem respostas educadas?
Está a ver Senhor José Rodrigues que com “coisas” assim, a quente ou a frio se perde as estribeiras?
Aliás, quando respondo a quente a resposta até é bem curta. Mais tarde, a frio, lamento que tanto tenha ficado por dizer.
É verdade amigo José Rodrigues! É ao sábado! Fiz confusão.Obrigado pela rectificação. Agora para o Senhor Jorge Morais: Não tenho a pretensão de ser perfeito. Longe disso, mas não sou hipócrita. Claro que a "indirecta" era para si! Mas acha que era assim tão grave, para me tratar por coisa? O sr. que fala tanto em educação, o que é que pretende? Que eu o trate, lhe responda a esse nível? Ainda por cima aqui neste local que não é exclusivo ( e ainda bem!) de quem quer que seja?
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