Milhões de portugueses acreditaram que, a partir do 25 de Abril de 1974, construir-se-ia uma sociedade socialmente justa, fraterna, livre e culta. O 25 de Novembro de 1975, abruptamente, interrompeu esta dinâmica e semeou ventos – hoje colhemos tempestades. O seu mentor, Ramalho Eanes, confunde Novembro com Abril. Propositadamente. Em Castelo Branco, no Cine-Teatro Avenida, disse:« Abril ofereceu liberdades mas esqueceu-se de criar cidadãos». Há muitos anos que deixou de haver Abril, em contraposição com Novembro cinzento, tristemente frio e iníquo. Só nos últimos quatro anos, caminhou-se com Passos largos para o dramático darwinismo social. Não interessa formar e criar cidadania: A dita pública RTP gastará (do nosso dinheiro) €13 milhões na compra de direitos de futebol(!).
Programação que eleve a cidadania política e educação cultural e ambiental, não interessa. Pudera!, a ignorância é amiga do poder discricionário. Novembro instalou uma dinâmica que vem fomentando o individualismo, o salve-se quem puder e a competição desenfreada, em detrimento de: Uns com os outros. Eanes não queira reescrever a História que foi sempre escrita pelos vencedores mas, enquanto cá andarem os vencidos... Novembro foi o contrário de Abril!
ARTIGO DE OPINIÃO de Vítor Colaço Santos
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.