Ao arrumar a caixa de recortes de jornais, encontrei mais uma que prova que isto de ser simpatizante dum partido que está no governo e fazer criticas destas a um ministro, modéstia à parte, não está ao alcance de todos.
Ontem, Domingo, aberto o mealheiro resolvi passar com a minha mulher um dia diferente. Começamos pelo pequeno almoço num café que constou de meia torrada e meia de leite. Fomos à missa do meio dia e no restaurante mandei vir meia sopa, meia de tripas, meia garrafa e como não faziam meias doses de sobremesa pedi um pudim Molotof e graças aos meus conhecimentos de matemática solicitei duas colheres o que deu o mesmo resultado tendo desistido do meio bagaço pois receei ter que bufar ao balão. Satisfeito com o almoço e muito vaidoso com a finta das duas colheres, cheguei a casa e comecei a ler o jornal. Para meu espanto e muita tristeza leio que o Ministério da Educação foi mais longe do que eu com as meias doses pois conseguiu a proeza de colocar meio funcionário numa escola. Sei que Nuno Crato é um distinto matemático e o autor das famosas formulas de colocação de professores, mas nunca imaginei que conseguisse atingir tal resultado. Olho para este ministro, elevo-o ao cubo, acho-lhe a raiz quadrada seguida do pi, e o que me sai? Um paralelepípedo granítico. Meio funcionário, uff. Jorge Morais
Publicado nos Jornais PUBLICO e DESTAK em Outubro de 2014
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