Fiquei
chocado, para dizer o menos, com a condenação do Estado Português por violação
da liberdade de expressão, no caso em que um jornalista da revista Visão,
opinou que o Primeiro Ministro Pedro Santana Lopes deveria consumir drogas
duras. Esta actuação do jornalista havia sido objecto de condenação, com
sentença transitada em julgado, após o Supremo Tribunal de Justiça Português
ter condenado a revista a indemnizar o político insultado com o valor de € 30
000,00. Agora, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem considera normal o
insulto proferido. Segundo este Tribunal, o jornalista apenas terá querido
"...utilizar a ironia para contestar uma proposta política... (fim de
citação). Ora de acordo com esta jurisprudência, na linha do chamado politicamente
correcto, os jornalistas terão mais direitos do que os seus concidadãos, pois
estes se insultarem alguém, não poderão com a mesma facilidade invocar
"ironia". Mas eu tenho cá uma fé, que se este mesmo jornalista
chamasse "maricas" ou "cigano" ou "preto", ao político,
seria nesse caso condenado pelo TEDH, por alegadas homofobia ou xenofobia,
estas sim, não poderiam ser "ironias". São sinais do nosso tempo,
temos que aguentar e assobiar para o lado.
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