Ex.mo
Sr. Diretor
Devido
a operação a uma hérnia inguinal, tenho estado nas ultimas duas
semanas, retido. Primeiro no hospital, depois em casa. Devido a isso,
não tenho, como habitualmente há anos o fazia, comprado o que era o
nosso Diário de Notícias. Na passada sexta-feira, ouvi com
estupefação e até indignação no Fórum da TSF, uma também
dedicada e indignada leitora do DN, dizer que “ o centenário e
prestigiado Diário de Notícias” tinha suprimido o espaço dos
leitores.
Senhor
diretor Paulo Baldaia,conheço uma boa parte dos leitores que
escrevem para o DN e para outros jornais e revistas porque até já
organizámos três Encontros Nacionais de Leitores/Escritores de
Jornais, em Lisboa, Porto e Coimbra e Vamos para o quarto. Posso
afirmar-lhe que toda essa gente, os mais dedicado leitores de
jornais, não aceitam e muito menos compreendem, tal atitude. Sabemos
da crise da Imprensa escrita, mas cortar substancial ou mesmo
radicalmente a participação dos mais dedicados leitores? Para além
do prejuízo para a democracia, não o será também para o próprio
jornal? Bem, o senhor é que sabe como dirigi-lo. É verdade. E nós
sabemos se o devemos continuar a comprar e a divulgar ou não…
Nesse
mesmo dia em que ouvi a tão lamentável notícia, liguei logo aí
para o jornal e falei com a Senhora secretária de direção, Elsa
Silva ,que me ouvi com toda a atenção e concordou que deveria fazer
chegar esta minha posição ao Senhor. É o que estou a fazer, na
esperança de que tal decisão não seja irreversível.
Certo
de que não deixará de responder, termino com toda a consideração.
Francisco
Ramalho
PS- Amigos/as esta carta foi enviada há oito dias e ainda não obtive resposta.
Hoje a nossa amiga Céu Mota sugere que chovam lá cartas de protesto. Era bom que ninguém deixasse de o fazer.
Embora nunca tenha sequer tentado escrever algo para o DN, vou corresponder à sugestão da Céu, reiterada pelo Francisco, e... protestar. Pelo princípio!
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