aquele corpo vestido de lágrima,
exibia o enigmático sorriso de madona,
meio riso, meio dor
meio palavra, meio torpor.
Verdadeiramente hipnótica,
aquela visão de mulher vestida de lágrima,
qual viúva vestal
na beira da praia.
Não sei se dançava ou se chorava,
Se gritava, ou se rezava.
Na verdade, nem sei sequer se existia,
ou era nuvem passando
no horizonte do dia que morria.
Aproximei-me…
A beleza singela da imagem,
colou-se-me no olhar
e invadiu-me os sentidos como calor de fogo por dentro.
Ali fiquei,
qual onda beijando a areia
olhando aquele corpo vestido de lágrima.
E de tanto olhar reconheci aquele estado de alma;
aquele rosto que espreitava pelas brumas da memória.
Vesti a lágrima…
e parti com ela,
levando comigo o enigmático sorriso de madona.
©Graça Costa
Não sei se me pode responder mas, de quem é o rosto na fotografia que ilustra o seu poema?
ResponderEliminarQuem me manda a mim não pôr os óculos?... Só agora, ao ler um comentário seu noutro local vi "em pequeno" o mesmo rosto. Estaou "lélé da cuca" ( perdoe Sr. PR...)
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