Os redactores do Jornal de Notícias, também apelidados de jornalistas,
não são a classe que mais fome passa, e o que ganham, até ainda dá para botar
uma roupinha, camisa e gravata, com sapato conservado, blusa e maleta com fecho
dourado. Sapatos, que com um pouco de graxa ainda disfarçam como novos e dão
para estar presentes em Congressos sobre o futuro da profissão que eles julgam
dominar. Mas têm o seu feitio tais membros lobistas, e isso é coisa explicável
só por peritos em traumatismos e coisas suspeitas em critérios de acção
redactoriais e de obediência a editoriais. São tipos sobretudo de raivas, e de
ódios, se alguém mais atrevido lhes aparece com uma escrita que os devore, os
encolha ou menorize, e não lhes dê a outra graxa que faz dobrar uns
Homens diante de outros. Constituem uma redacção, com raras excepções -(aí
dentro dessa redacção "voam "crónicas saídas de "penas"que
eu adoro!) formada por gente que apanha de ponta quem os confronta, quem
usa a pena da escrita para dizer do modo que escreve, o que pensa da Vida
colectiva, ou da sociedade que nos ronda a porta. São uma espécie de andrades
que nos mandam para o camões à mínima ousadia de lhes não agradar. Querem-nos
dentro do esquema que traçam, do sistema que tecem, que cultivam em cima das
secretárias de pau envernizado, salvo aquelas em que o lápis azul e a guihotina
deslizou, e riscou o tampo e a folha da carta que lá deu entrada. É o meu caso
por certo. Aquilo que eu escrevo, ocupa pouco, mas o jornal é pequeno demais
para a divulgar no espaço público, destinado ao leitor, se ele não for um
incómodo. Talvez eu seja um ingrato, e me tenha esquecido de lhes agradecer,
dobrar a cabeça, por todas as já publicadas desde há muitos anos. É provável
que sim. Mas um tipo como eu, sem formação superior, avalizada por qualquer
membro "bolonhês" do JN, e nunca submetida a análise pelo mestre
Viale Moutinho, escritor/jornalista e funchalense mais idoso do que eu, que o
conheço das viagens de comboio da linha do Douro, me valham para ultrapassar as
dificuldades de fazer acreditar os membros do JN, de que eu sou também um
mestre no uso da escrita e melhor ainda no uso da língua, mas que nem sempre
bem apreciada pelo veneno que dela escorre. Puseram-me de castigo, os mandantes
responsáveis pela avaliação dos meus trabalhos, e atiraram-me para o caixote
dos jornais com artigos sem préstimo, ou a caminho da inutilidade, e pior, do
encerramento. Vou abreviar, que é coisa que o JN nos pede, Que sejamos
sintéticos e menos duros, do que os "construtores de muros" de que
hoje nos fala a Paula Ferreira, na págª. destinada aos da casa, que é lugar, de
especialização do uso da descriminação, e
sobre assunto que já cheira a trump(a), de tão repetida pelos que
sabem, e pelos que se acham entendedores do homem e da matéria com séculos, na
conjuntura mundial arrastada até aos dias de hoje, pelos causadores e vadios de
sempre!
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