segunda-feira, 13 de março de 2017

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PÚBLICO 13.03.2017




A nossa democracia está a falhar



Numa Faculdade de Lisboa ter sido, e bem, autorizada uma palestra para debater temas políticos da actualidade “global” e, “sem mais nem menos”, ser antidemocraticamente cancelada, ao que parece pela reitoria dessa mesma universidade, não só não é cortês como é uma “facada” nos direitos democráticos.



E, mais grave, uma forma de acicatar ânimos que podem ser criadores de actuações totalmente antidemocracia.



Quanto aos debates quinzenais no Parlamento entre o primeiro-ministro e o chefe do maior partido da oposição, dado que têm sido unicamente “isso” e muito, muito maus e vazios, são também mais um triste e deplorável espectáculo antidemocrático.



Tudo o que não deve ser feito numa Assembleia da República que é suportada pelos nossos impostos — convirá relembrar, por parecer esquecido — que em vez de respeitar os direitos democráticos e até ter “atitudes exemplares”, está-se a tornar um “lavar de roupa suja”, numa troca de invejas e insultos entre o mais alto representante do nosso Governo e quem antes ocupou esse mesmo lugar.



Duas situações que em nada defendem a democracia.



No primeiro caso há que repor a ordem democrática.



Na segunda situação começa a ter de se colocar em cima da mesa a necessidade ao que parece imperiosa de passar o número de deputados de 230 para 180, dado não parecer haver necessidade de tantos serem para isto fazerem.







Augusto Küttner, Porto

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