Governantes, Gestores, Gatunagem, são substantivos que explicam muito
sobre o descalabro e o caos que se passa no país a nível económico e
financeiro. Todos os implicados nos colossais buracos e alçapões, na gestão no
Banco de Portugal, no BES, na CGDepósitos, nas off-shores com ex-secretário à
cabeça e advogado de manigâncias múltiplas, e outras Instituições que aqui não
se nomeiam e que já nos custaram as meninas dos olhos, estejam eles em que
funções estão ou estiveram, são levados a uma inútil Comissão de Inquirição no
Parlamento, constituída por eleitos políticos idênticos no carácter, para darem
explicações sobre a sua conduta enquanto administradores e guardiões do
dinheiro que lhes não pertencia, mas que eles desbarataram, levando à ruína o
país, e empobreceram o povo cada vez mais, e no fim das audições a todos os
chamados a depor e a darem a versão mais estapafúrdia para se limparem dos
crimes cometidos, saem de lá todos sorridentes, abraçados, em direcção ao
almoço ou jantar, conjunto. Nada mais lhes acontece, se não um arroto para
aliviar os gases que o repasto provocou. Todos regressam aos seus ricos e
luxuosos lares, incólumes, e quase impolutos, não fosse uma mancha de gordura
na gravata que salpicou à mesa. Nada lhes é exigido além do paleio estudado e
orientado. E têm sempre quem os compreenda. Entendem tais amigalhaços
compreensivos, que os responsáveis pela desgraça nas contas públicas e
falências desses importantes sectores financeiros e que provocaram a derrocada
da economia portuguesa, não devem ser sujeitos se não a uma insípida
repreensão, e nunca a condenação pelo pesadelo causado, pelos Trinunais, e
consequente prisão. Que nem sequer devem ser sujeitos a julgamento na praça
pública, coitadinhos. Devem apenas servir de exemplo e de aprendizagem, passada
que lhes foi uma esponja pelas suas actuações, para que nunca mais os erros
cometidos que lesaram gravemente o país e o povo pagante e martirizado por
sacrifícios para fugir às penhoras, pelo fisco, dos penicos de cerâmica ou
esmaltados, não se voltem a repetir. Até os criminosos deste calibre,
beneficiam do apoio dos críticos e intelectuais(!), escondam-se eles atrás da máscara
de deputados, administradores, jornalistas, comentadores, analistas, que
chegado o momento da verdade e de chamarem os bois pelos nomes, viram comparsas
e juntam-se assim aos 3G+D. Sendo D, do substantivo - Demagogos. Com substantivos com este peso, não se
compreende por que razão a cela número 44 em Évora, continua por ocupar,
sabendo nós que tal lugar, não é um paraíso fiscal!
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