GRANDES
ESPÍRITOS
Os grandes
espíritos são fascinantes de muitas formas, como a serenidade com que enfrentam
qualquer situação.
Contou há
tempos o cónego Rui Osório, numa das suas crónicas de religião que mantém ao
domingo no JN, (que vou citar de memória)que madre Teresa, ao passar por Roma
vinda de receber o prémio Nobel, tinha à sua espera um batalhão de jornalistas.
Um deles
adiantou-se e, se calhar à espera de ganhar o dia com alguma coisa
“bombástica”, atirou: “Madre, a senhora já tem setenta anos. Quando morrer, o
mundo vai ficar igual ou pior do que estava quando chegou. Acha que valeu a
pena o seu sacrifício?”
Resposta:
“Mas eu nunca pensei que poderia mudar o mundo. Só tentei ser uma gota de água
limpa em que pudesse brilhar o amor de Deus. Acha pouco? Tente ser também uma
gota limpa e seremos dois. É casado? –Sim, madre. –Peça também à sua esposa e
assim seremos três. Tem filhos? –Três, madre. –Oh, traga também os seus filhos
e já somos seis”…
Bom, o
resultado da entrevista foi que aquela figurinha aparentemente insignificante a
dominou por completo, passando ela a interrogar o jornalista, com comovedora
simplicidade.
Num outro
local, ao lado do papa João Paulo II, aclamados por grande multidão, o papa
fez-lhe uma provocação bem humorada, dizendo-lhe que, pelo que ali via, madre
Teresa era bem mais popular que o papa… Conhecedora de quão frágil pode ser o
apoio das grandes multidões, ela virou-se para ele de mãos postas e rogou-lhe:”Rezai
por mim, Santo Padre”!
Ambos já
morreram e não temos como saber se foram recebidos pelo Pai, por muito que na
Terra tenham tido edificante percurso, justamente porque há muita coisa que
desconhecemos entre um lugar e outro, mas se gente assim não tem assento no
Paraíso, então quem terá…
Amândio G. Martins
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