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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018
As listas transnacionais
Diz ele, e espero não atraiçoar o que escreveu, que há muita e diversa gente, como Francisco Louçã, Nuno Melo e Paulo Rangel que têm a mesma "luta": querem a Europa à medida das suas conveniências. Mas nunca a colocam de lado! Ora assim, como está (burocrática e, ainda, neoliberal)... para poderem dizer mal dela, ou para continuarem "instalados" no "statu quo", caso dos dois primeiros, respectivamente Mais difícil de explicar a "sanha" de Paulo Rangel que chegou a pôr um vídeo nas redes sociais a execrar as lista transnacionais. Porquê? Porque diz de si próprio ser um federalista assumido!
Para mim as listas transnacionais eram um bom passo para engrossar a democracia no caminho duma Europa dos cidadãos. Não o que tudo resolvia, mas que dava um sinal inequívoco de que nos queremos unir dentro dum "compartimento geográfico" que não deve ser um "bunker" mas ainda muito menos o espaço onde se acoitam "nacional-populismos", muitos deles de coloração "fascistoide" e que só lá estão por causa do mercado onde podem vender as suas "bugigangas" e... ir minando ideologicamente as populações desatentas. Tenho esperança que o programa do "protogoverno" alemão ajude a contrarias estes últimos "países-cizânia" a quem já começa acrescer o "bigodinho" inconfundível,
Fernando Cardoso Rodrigues
6 comentários:
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Ora aqui está um assunto em que a discussão nos pode levar a bom porto. Pelo menos a mim, carregado de dúvidas como estou.
ResponderEliminarComeço por um pedido/pergunta lateral: o Fernando não se enganou na frase “"instalados" no "statu quo", caso dos dois primeiros, respectivamente”? Pareceu-me que quereria referir-se ao Nuno Melo e ao Paulo Rangel. Mas os dois primeiros incluem Louçã. Terei lido mal?
Mas, deixemos os pormenores. Vamos ao importante. Confesso-lhe que não nutro grande simpatia pelo federalismo e, agora, pelas listas transnacionais. Sabe por que razões? Os portugueses são aproximadamente 2% da UE, e temo – espero que ilegitimamente – que os maiores se aproveitem das leis que vão inventando para puxarem as brasas para as suas sardinhas. Não seria a primeira vez que, nesta Europa burocratizada e burocratizante, se vissem os poderosos a redigirem e a aprovarem leis que redundam apenas em seu favor e em desfavor dos pequenitos. Em bom português, engana-se o menino e papa-se-lhe o pão.
Sem armar em nacionalista, que não sou, não escondo que me causa algum mal-estar perder soberania a torto e a direito. Mas reconheço, com muita humildade intelectual, que não tenho respostas definitivas às duas grandes questões sobre o federalismo e as listas transnacionais. Não as repudio, mas que tenho medo de ambas, tenho.
Provavelmente não escrevi em o que estava a pensar mas referia-me ( e o Rui Tavares também) mesmo aos Francisco Louçã e Nuno Melo. O primeiro "para dizer mal da Europa" e o segundo "instalado no statu quo". O Paulo Rangel, esse é um "federalista não federalista".
ResponderEliminarQuanto ao cerne da questão, federalismo ou não, trata-se somente de duas visões diferentes e ambas legítimas. Em mim prevalece a esperança duma Europa com diferente estrutura de pensamento e acção, no caso do José o "medo" do "abocanhamento" é mais marcante.
Onde digo "...não escrevi em..." devia estar "... não escrevi bem..."
EliminarTalvez por estar mais para lá do que para cá, estes temos já me excitam pouco, mas transcrevoi que diz Pedro Silva Pereira, deputado europeu, no JN de hoje: ""A histeria artificial que alguns por cá alimentaram a propósito da eventual criação de listas transnacionais para o Parlamento Europeu não foi mais do que uma tantativa para desviar as atenções do mais importante: a vitória que Portugal obteve com a aprovação do meu relatório sobre a nova recomposição pós-Brexit, permitindo a Portugal manter o mesmo número de deputados.
ResponderEliminarSe quiser ser honesto comigo próprio, o que PSP diz pode ter uma leitura "arrevezada" mas possível: está PSP a ser mais nacionalista que europeu?...
EliminarE, já agora, qual a leitura que faz o Amândio Martins, se a quiser dar, obviamente?
Não, o homem anda bem longe dessa ideologia. Acontece é que, não sendo possível, na actual correlação de forças, as listas que refere, ele se congratula por Portugal manter os seus 21 deputados, coisa que não era garantida. Assim, 27 dos 73 lugares deixados pelos ingleses foram para países sub-representados e os restantes ficarão de reserva para novos que entrem...
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