Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Cerco ao Papa Francisco ou somente dogmatismo bacoco?
Agora, esta "conselho" aos recasados para se absterem de ter relações sexuais, é simultaneamente um "aborto" medieval (nem aí!) num mundo que só pode rir-se dele. Mas é muito mais que isso, vindo momento em que, de "dentro", os ataques ao Papa Francisco se repetem, quer com as missas em latim, o chamamento de herege e mentiroso àquele e agora este fechamento à exortação apostólica "Amoris Laetitia" em que MC diz "não" à intenção com que Francisco a escreveu.
Frei Bento Domingues já respondeu ao caso das missas "latinórias" com o "missa em latim e de costas para o povo, que os ignorantes publicitam, se não tiverem quem as interprete, não servem para nada. De costas para o povo não há interpretação que as salve" (sic). Hoje o padre doutor Anselmo Borges ainda foi mais contudente com a "provocação" de MC ao dizer que esta vai contra a "natureza humana" e perguntando se o cardeal quer que "casados vivam como irmãos?" (sic).
E nós, laicos, temos algo a dizer? Claro que temos pois, para além da "enormidade cidadã" que proferiu, não nos podemos esquecer que Manuel Clemente é um "Prémio Pessoa" o que, nem por um segundo lhe retiniu na mente para o responsabilizar.
Fernando Cardoso Rodrigues
7 comentários:
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.
Há dias fui ao teatro ver "Natan o Sábio". Era a penúltima vez que subia ao palco (Teatro Municipal de Almada). No final, ouve um debate com o padre Anselmo Borges que para além da sua grande cultura, é de uma simplicidade e simpatia, contagiantes. Disse duas coisas lapidares: que o papa Francisco afirmou que não tinha medo. Uma clara alusão a que se sente ameaçado. Acrescentou é que só temia o sofrimento físico. E o padre Anselmo disse outra coisa importante: na opinião dele, e ao contrário do que diz a Igreja, os chamados textos sagrados, a Bíblia, o Alcorão,etc. não foram ditados por Deus.
ResponderEliminarO seu texto recordou-me uma conversa em que participava um padre que aqui pastoreou durante cinco anos. Jóvem e bom conversador, falava-se da nomeação do então bispo do Porto para Patriarca de Lisboa. "Parece-me um homem muito culto, padre Almeida", observei eu; -"demasiado para o meu gosto, que o preferia mais pastor", respondeu-me o padre, que era muito crítico dos exibicionismos, privilégios e lutas pelo Poder dentro da Igreja católica...
ResponderEliminarOra, fazendo Francisco questão de se apresentar como pastor, na sua luta tenaz contra os vícios da Cúria, é triste vermos que o nosso Patriarca se coloca do lado errado.
A propósito deste episódio e do que ele encerra, poderíamos ( todos, não somente os católicos) ter uma longa conversa mas, como isto é um simples comentário vou fazer uma (?) só pergunta "para o ar": o que vai fazer um(a) católico(a) recasado(a) português e recasado? Masturba-se a bom recato dos olhos da mulher? Bebe um copo de água? E, na missa (suponho que o vão deixar entrar), aquando daquela "ladainha" em que o padre pede por várias pessoas e instituições, "fará figas" no momento em que chegar a vez do "nosso bispo Manuel"? Só porque o "respeitinho é muito bonito"?...
EliminarD, Manuel Que-Le-Mente, é a prova provada que esta católica igreja não avança. O Diácono Remédios é muito mais prafrentex.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO que eu sinto, como católico, é que esse tipo de recomendações só servem para alimentar o anedotário; não inibem, nos dias de hoje, nenhum crente de exercer a sua humanidade em toda a plenitude...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar