quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018


Gente insuportável


Tinha no Centro de Saude a consulta de rotina, para verificar o peso e a pressão arterial, e sentei-me sa sala de espera. A palração costuma ser acima do recomendável num lugar daqueles mas, desta vez, nem eram as senhoras, que até achei demasiado silenciosas...

De facto, um sujeito horrível, de aspecto muito mal cuidado, encarregou-se de fazer as despezas do barulho o tempo todo. Mas o que mais o excitava, ao ponto de ficar escarlate, eram os médicos espanhóis; gabava-se de já ter recusado três e, para “gozarem” com ele, puseram-no na lista de outra “galega”, que também não perde pela demora, que se fossem bons médicos ficavam na terra deles, mas devem tê-los impingido para cá para nos matar a todos, que foi o que os espanhóis sempre  tentaram fazer.

As duas médicas espanholas em serviço nesta manhã iam chamando as pessoas inscritas, que se levantavam logo, demonstrando que percebiam bem que era por elas que chamavam, mas a criatura, a cada chamada, reclamava que ninguém conseguia perceber o que diziam nem sequer a chamar a gente, tal a má vontade contra aqueles profissionais contratados pelo nosso SNS. Tive por duas vezes a tentação de o interromper e dizer-lhe que o que dificultava a audição dos médicos na chamada dos doentes era o barulho que ele fazia; e também pensei pedir-lhe que fosse ler o quadro dos direitos e deveres dos utentes, com doze alíneas de direitos e seis de deveres, mas desisti por perceber que seria inútil

Em vinte anos já me “calharam” três médicos daquela nacionalidade, um homem e duas senhoras, de quem sempre recebi atenção e interesse, e a conversa daquele indivíduo foi-me difícil de suportar. Felizmente que ninguém dava atenção aos seus dislates, talvez porque todos percebiam que o eram, apesar das suas tentativas de envolver as pessoas à sua volta; Infelizmente, ainda há no nosso país muita gente necessitada, mas também muito quem cuspa no prato em que come...


Amândio G. Martins

3 comentários:

  1. Mas não é isso que está em causa; o que é importante é haver médicos suficientes. E há cá médicos estrangeiros como há médicos nacionais lá fora...

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    1. Claro que sim. Eu só tentei ironizar com um anúncio que, penso, já andou por aí.

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