A SÍRIA E O SEU POVO
Na minha já provecta idade, já conheci países e diversos povos na Europa, África, Américas do Norte e Sul, Ásia e Austrália. Em 2009 foi a vez da Síria, antes das muito infelizes “primaveras” árabes. Fiquei agradávelmente surpreendido pela dignidade e respeito com que a nossa diversidade política e religiosa foi respeitada. De noite passeei tranquilamente pelas ruas de Damasco, sem nenhum sírio se me dirigir ou incomodar. Sendo o regime uma ditadura, nunca vi polícias ou militares armados por todo o lado onde andei, mesmo não acompanhado. A trágica guerra na Síria tem dizimado centenas de milhares de vidas. Já aprendemos pelas trágicas lições idênticas por todo o lado, que é errado tentar exportar a nossa forma de viver social e política para povos que nada têm a ver a nossa. Lembro-me dos EUA tentarem vender a sua “democracia” de partidos para a China, de estarem sempre a criticar as alegadas violações de direitos humanos e políticos. Desde Obama, que se lhes não ouve mais um pio sobre tais assuntos. Então porque é que a martirizada nação síria preocupa tantas potências? Lembram-se do que disse Salazar quando soube que haviam descoberto petróleo em Angola? “Só me faltava mais essa”. Fosse a Síria pobre em matérias primas e já a teriam deixado em paz.
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