A propósito
das imagens da SIC dos interrogatórios - de divulgação ilegal, segundo alguns -
João Miguel Tavares, no Público de 24 de Abril (mera coincidência), dá-nos uma
grande lição de valentia. Ele di-lo peremptoriamente, e não duvido da sua
sinceridade, que não tem medo de ser obrigado a provar a inexistência de factos
não provados mas de que possa ser “kafkianamente” acusado, mostra que não
receia ser vítima de delacção premiada, mesmo que eventualmente falsa, não se
importará de ser preso (cruzes!) antes da respectiva sentença ter transitado em
julgado, desvaloriza o facto de qualquer televisão divulgar, sem o seu
consentimento, imagens e sons captados à socapa durante um interrogatório a que
seja sujeito, por motivos social e judicialmente legítimos ou não.
Fiquei com
inveja de JMT, até me lembrar de que os fins, mesmo que sejam combater a
corrupção, não justificam quaisquer meios.
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