Teodora
Cardoso impinge-nos a crença de que a austeridade não se deve exercer só nos
períodos de grandes dificuldades, mas também nos anos anteriores, quando há
expansão. Nuno Magalhães acha que, enquanto houver cortes nos sectores da
Saúde, Educação, Segurança e Transportes, não há condições para aumentar os
salários da Função Pública. Nunca falta quem, a propósito de tudo ou de nada,
venha avisar que só se pode distribuir aquilo que, antes, se produziu.
O diapasão é
conhecido e afina sempre pela tónica de penalizar quem dispõe de rendimentos
limitados, seja na função pública, seja na privada, como as berrarias que
sempre se ouvem sobre os aumentos do salário mínimo nacional que, ai Jesus!,
vão arruinar a economia e o emprego. Os argumentos são tão sedutores, pela
“prudência da sabedoria”, quanto demagógicos, pela desfaçatez atrevida. A
austeridade para alguns, sempre os mesmos, devia ser o paradigma nacional perene,
haja ou não haja recursos suficientes, estejamos em crescimento ou chafurdemos
na recessão. Será nosso dever esperar, com santa paciência, pela ocasião certa
que, quando chega, passa a ser outra qualquer num futuro mais radioso?
P.S. – Sem o
25 de Abril, eu poderia publicar este post
e continuar tranquilo?
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