domingo, 15 de abril de 2018

Lei da Identidade de Género: como votar?

Há dias foi aprovada, na Assembleia da República, a denominada Lei da Autodeterminação da Identidade de Género. Em resumo, despatologizou-se o situação e baixou-se a decisão para os 16 anos, prescindindo-se da opinião médica, da adopção do género que a a pessoa sente como sendo o seu. Na minha opinião, um avanço civilizacional sobre o ponto de vista dos direitos individuais.
Facto consumado, portanto. mas valerá a pena "rebobinar" um pouco, para  analisar a votação. Em si mesma e na sua dissecação. No primeiro "item", a pergunta que me assalta é: será  "lícito" fazer a votação por grupos parlamentares, com disciplina partidária, como foi feito? E a resposta vem-me imediata: não. Num assunto como este, tão pouco "político" e tão vital para os que sentem o problema, poderá haver um grupo decidir o que somente cada cabeça, filosófica/culturalmente, pode pensar? Honra a Teresa Leal Coelho (TLC) que, fazendo juz ao seu segundo nome, comunicou ao seu grupo parlamentar (PSD) que votaria segundo a a sua cabeça. E fê-lo. No segundo "item", o do tipo de votação de cada partido, o resultado foi: a favor, os PS, BE, PEV e, individualmente, TLC; contra, os PSD e CDS; absteve-se o PCP. Isto dá que pensar sobre liberdade de pensamento coerências, conservadorismos  e alguns outros "itens" que levam a pessoas a julgar das atitudes de cada ideologia.

Fernando Cardoso Rodrigues

2 comentários:

  1. E é um problema sério, este de os deputados "hipotecarem" a consciência a interesses partidários conjunturais...

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