Até 1886, os trabalhadores jamais pensaram exigir os seus direitos, apenas trabalhavam.
Naquele ano, no dia 1 de Maio, uma grandiosa manifestação nas ruas de Chicago, EUA, mobilizou 500 mil trabalhadores!, exigindo redução da jornada laboral. No protesto, a polícia
matou 16 manifestantes, feriu dezenas e no rescaldo a justiça condenou três sindicalistas com
prisão perpétua e cinco à morte! Os trabalhadores tinham acabado de conquistar o Dia Mundial do Trabalhador. Nada lhes foi/é dado!
O 1º de Maio festeja alguns avanços. Quem diz que estamos pior e nada melhorou, ou é saudosista ou analfabeto político. Vive-se com o que o contragolpe do 25 de Novembro retirou às esperanças de Abril.
Os trabalhadores portugueses são dos que mais trabalham, mas dos que menos recebem na UE. O Código de Trabalho do desgoverno anterior mantém-se. As empresas de trabalho temporário e outsoursing pululam na precariedade e insegurança. Estas vertentes estão generalizadas… O Governo martela com a retoma económica (para patrões) e o fim do programa de ajustamento, mas os salários estão curtos e, para muitos trabalhadores, já estão em atraso.. Continua a valer tudo nas ofertas de emprego. Dois exemplos: Horário de 8 horas/dia (ou mais…) por 400 euros/mês(!). O abuso do trabalho temporário nos call centers, chega aos contratos semanais. Estas empresas e as de outsoursing tiveram lucros em 2016 de mil milhões de euros!, pagando a miséria de 3,21 euros/hora.
O 1º de Maio tem de ser com luta unida e determinada, pelo direito ao trabalho no quadro da contratação colectiva, melhor SNS, Escola Pública, Cultura e transportes públicos.
O 1º de Maio vive no coração do mundo do trabalho.
Vítor Colaço Santos
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