O 25 de Abril é o marco mais glorioso e libertador da nossa quase milenar História. Pela primeira vez na história da humanidade, um exército faz um golpe de estado para impor a democracia pelas armas (quase) sem derramamento de sangue - uma maravilha! O 25 de Abril também foi poesia!, e guardo no coração o heroico Salgueiro Maia.
Como consequência, as Colónias conquistaram a independência. As liberdades de expressão e reunião voltaram. Igualmente, a liberdade de imprensa implementou-se e nunca mais o lápis azul (ignaro e fascizante) da censura, obrigou os jornalistas a reescreverem, bastas vezes, os seus trabalhos jornalísticos para que pudessem ser publicados. Destaque-se que, das maiores vitórias que Abril trouxe, foi permitir a proliferação de partidos políticos e um modelo democrático plural assente no escrutínio eleitoral. Daquele marco esperançoso e auspicioso, que resta? Pouco. Ainda se pode falar com precaução. O precaucionismo instalou-se na legislatura anterior. Pior, até o medo! Actualmente, a situação aliviou-se.
Que é feito daquela bela dignidade das pessoas comuns que, após Abril, descobriram já não ter medo das forças policiais e dos patrões e se reuniam para discutir e resolver as questões da sua vida colectiva? Essa foi expulsa sem deixar rasto porque era a essência da democracia. O Processo Revolucionário em Curso (PREC) também foi isto e quem o condenou ou condena não gosta do 25 de Abril. A realidade é factual - a democracia nasceu no PREC. Agora que a liberdade se traduz na liberdade das castas familiares enriquecerem e dos trabalhadores empobrecerem, esta situação assimétrcia nunca esteve inscrita no ADN do 25 de Abril! Também por isto a democracia se encontra estrangulada.
O 25 de Abril valeu e continua a valer a pena. A semente da liberdade, da igualdade de oportunidades e da fraternidade foi inoculada e continua - Aleluia!, a germinar…
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