A 22 de Abril de 1909, um sismo com
uma magnitude estimada de 6,7 graus na escala de Richter atinge Portugal, tendo
provocado dezenas de mortos e feridos e destruído diversas povoações. Este
fenómeno foi também sentido em diversas cidades espanholas, nomeadamente em
Badajoz, Sevilha, Córdova e Madrid, embora não tenha ocorrido aí nenhum
desastre.
O Diário Ilustrado do dia seguinte
escreve:
«A cidade [de Lisboa] foi ontem de
tarde alarmada por um grande abalo de terra. Eram cinco horas e cinco minutos
da tarde quando o fenómeno se produziu. No céu límpido e sereno o sol brilhava
ainda sugestionando a alegria de viver […] Repentinamente […] sentiram-se dois
enormes abalos de terra seguidos dum grande e pavoroso ruído subterrâneo.
Imediatamente a população alarmada começa a fugir em todas as direcções numa
confusão bem explicável em momentos de tamanho pavor».
Um pouco por toda a cidade caíram
chaminés, prédios abriram fendas, candeeiros de iluminação pública
quebraram-se, telhados abateram, a cimalha de enumeras fachadas caiu para a rua
e ocorreram diversos incêndios.
Os
principais prejuízos ocorreram no Ribatejo. Só no concelho de Benavente, o
sismo provocou cerca de 40 mortos e 70 feridos, destruindo por completo 40% das
habitações.
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