Deus nos livre de tais polícias!
Todos sabemos, por vários casos conhecidos, que há nas
polícias, em todas as polícias, gente que não presta; e é surpreendente que, em
muitas situações, esses maus elementos continuem ao serviço, manchando o bom
nome daqueles que, certamente muitos, cumprem todos os requisitos, sem nada que
se lhes aponte.
Mas o que acabei de ler é mesmo prepocupante: um cidadão é
mandado parar por um PSP, que lhe diz estar com uma taxa de álcool acima do
permitido; o cidadão responde que tal não é possível porque não bebe; é levado
para a esquadra e confirma-se que não tem álcool mas, entretanto, dá as chaves
ao guarda para lhe arrumar melhor o carro, enquanto resolve o assunto.
Resolvido o imbróglio e regressado ao carro, verifica que
lhe falta o telemóvel de gama alta que lá tinha deixado; como este está provido
de sistema GPS, segue as indicações, que vão directas à morada do tal polícia;
pede-lhe o aparelho mas, perante a nega do sujeito, que lhe garantiu não o ter
tirado, apresentou queixa numa esquadra onde, perante o interrogatório de colegas,
acabou por confessar.
Em tribunal, pediu desculpas à vítima e prontificou-se a
indemnizá-la com 2000 euros para que retirasse a queixa, com o que o cidadão
concordou. A minha questão é se um traste destes tem condições para continuar a
exercer funções de tamanha responsabilidade...
Amândio G. Martins
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