domingo, 8 de abril de 2018

SOU DA MULHER

Não há dúvida de que as pessoas são amáveis comigo aqui em Vilar do Pinheiro. E parece ter passado a fase das provocações ou das supostas provocações. Os casais bebem "Compais". Nada de álcool. Não consigo ver a cara da miúda. Entra a terceira idade. Queque de ananás ou de amêndoa. Entra também C. Essa provoca-me realmente. Faz-me escrever. Sorri. Beija a amiga. Ah, a família, a prole, a descendência. Nunca fui um homem de família. Olho as mulheres. Canto-as. Sou poeta. Um poeta vadio, à solta. Na verdade, nem sequer gosto de dinheiro. Gosto de tê-lo no bolso, claro. Mas nem sequer em grandes quantidades. Fui assaltado há pouco tempo. De resto, acho-o uma coisa miserável, que estraga as pessoas. Ah! A miúda é bela. Como é bela. Como me dá prazer cantar as miúdas em vez de fazer contas como os economistas. Não foi por acaso que tripei na Faculdade de Economia. Não tenho, de forma alguma, uma mentalidade mercantilista. Sou do belo, sou da mulher, sou da poesia.

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