sexta-feira, 1 de junho de 2018


Compreendo o ministro Adalberto...


O seu é um ministério nada fácil de gerir, com toda a gente a reclamar, desde os profissionais aos utentes mas, em relação a estes, nos quais me incluo, há muita coisa que podem fazer em benefício da sua saúde que os livraria de recorrer ao serviço; além de que muitos entopem-no por tudo e nada, nomeadamente recorrendo às urgências por qualquer coisinha, apesar de conhecerem as regras que recomendam primeiro os Centros de Saúde da zona.

Sabe-se que os maiores problemas do SNS são o desperdício e a fraude, que levam a que, apesar de lá serem injectados rios de dinheiro, este nunca chega para tudo, havendo dívidas brutais sempre em atraso; e aqui há responsabilidades até de profissionais envolvidos em esquemas fraudulentos, dentro e fora do sistema, como tem sido tornado público.

Concordo totalmente quando nos dizem que os primeiros responsáveis pela nossa saúde somos nós; todavia, se o ministério patrocina uma campanha de choque contra o tabagismo nas mulheres, já não falta quem exija que seja retirada, por ser discriminatória, quando o que se pretende é reduzir o tabaco nas jovens, cujo consumo aumenta relativamente aos rapazes que, segundo os números conhecidos, tem diminuído.

Quando vejo e ouço reclamar de “barriga cheia”, ocorre-me sempre o filme "John Q.", um modesto operário americano que, vendo-se a braços com a insuficiência cardíaca do filho, depois de reunir todas as economias e ajudas que conseguiu, foi informado que não chegavam a nada para pagar a cirurgia, embora houvesse dador, que também lhe negavam, ao ponto de se prontificar ao suicídio para proporcionar um coração ao filho, isto na suposta nação mais rica do mundo...


Amândio G. Martins


Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.