Mitos e verdades...
Devo ser das poucas pessoas que, vivendo numa aldeia e
dispondo de boas condições para isso,
não tem interesse em criar animais para comer, embora coelhos e galinhas
sejam as carnes de que mais gosto; e há várias razões para isso, mas a principal
é que ninguém cá em casa tem “estômago” para matar animais, preferindo
comprá-los já prontos a cozinhar, embora saibamos que a carne dos animais
criados em casa se pode desenvolver com uma ração variada, sem hormonas de crescimento rápido.
Vi um dia destes numa TV espanhola um programa em que o tema
eram os aviários e os ovos aí produzidos; foi dito que os espanhóis são grandes
produtores e consumidores de ovos, que são classificados em quatro categorias
desta forma: 0-ovos de aviário em jaula: 1-ovos de aviário com as galinhas
soltas num grande terreiro; 2- ovos chamados “camperos”, de galinhas em
ambiente próximo do caseiro; 3-ovos ditos ecológicos, de galinhas soltas e uma alimentação
diferenciada.
Levados pelo programa a um laboratório os ovos das várias
classes, ficou a reportagem a saber que, apesar da grande diferença de preço, a
qualidade nutricional é exactamente igual em todos, sendo que os chamados
“camperos” e os ecológicos se diferenciam por uma gema mais amarela resultante
de uma diferente alimentação.
Confrontado o público na rua, toda a gente dizia que os
“camperos” e ecológicos eram muito melhores, valendo bem a diferença de preço;
quando lhes foi demonstrado que tinham todos o mesmo valor nutricional nem
queriam acreditar; eu fiquei verdadeiramente horrorizado foi com as condições
em que são criadas as aves em alguns daqueles lugares e como são eliminados os
pintos machos: como às empresas que só produzem ovos só interessam galinhas,
estas são separadas à nascença dos machos e estes triturados vivos em grandes
quantidades!
Amândio G. Martins
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