sexta-feira, 9 de julho de 2021

A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA – 89 ANOS

   O Estado de São Paulo, cujo Partido Democrático chefiado por Francisco Morato, apoiara decisivamente Getúlio Vargas, não aceitou a ditadura imposta pelo governo provisório e se insurgiu com armas, em 9 de julho de 1932, exigindo a imediata promulgação de um novo regime constitucional.

   Após quase 3 meses de luta, a insurreição foi derrotada, mas seu ideal frutificou com o advento da Constituição de 1934. Foi uma verdadeira guerra civil. Só nas hostes paulistas morreram mais de 600 homens.

   Meu saudoso pai, Olímpio Gonçalves de Araújo, esteve, ‘por injunções políticas, nas trincheiras do Governo Provisório, às margens do Rio Grande, em Frutal-MG, nas divisas com o Estado rebelde. Tempos depois admitia que este estava com a razão.

   Lutando pela causa paulista, quando serviam o Exército Nacional, dois jovens do Estado de Goiás morreram nos combates da batalha do Túnel da Mantiqueira: Belisário Ferreira Lima, de família da cidade de     Goiandira e Jason Xavier de Barros, de tradicional núcleo familiar da antiga capital Goiás. Ambos são nomes de ruas na capital São Paulo e se encontram sepultados no mausoléu do soldado constitucionalista no bairro Ibirapuera.

   Muitos de nacionalidade estrangeira participaram   da luta paulista, ´entre os quais o português Albano José Pires, que prestou relevantes serviços à aviação da força pública e morreu em combate na zona sul do Estado.

   O ilustre promotor de justiça e ex-subprocurador geral de justiça e grande escritor Ibrahim Nobre, que esteve exilado em Portugal, juntamente com todos os líderes da revolução, afirmou: “Se algum dia tudo estivesse destruído e as gerações futuras vissem onde foi São Paulo, veriam um túmulo, com o epitáfio de estrelas, contendo os seguintes dizeres: Aqui jaz um povo que não quis ser escravo”.

 

Vivaldo Jorge de Araújo

Goiânia, 9 de julho de 2012


 

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