sábado, 3 de julho de 2021

JIM MORRISON, PROFETA DA LIBERDADE ABSOLUTA

 Hoje, 3 de Julho, passam 50 anos sobre a morte de Jim Morrison. Jim Morrison era um xamã eléctrico que buscou no deserto, com a ajuda do álcool e dos ácidos, a mesma revelação mística que Jesus buscou noutro deserto através do jejum. Morrison era um profeta como Jesus. E era, ao mesmo tempo, o portador da luz, o anjo libertador, o anjo rebelde como Lúcifer. Ele e os Doors são um milagre lindo e demoníaco que, como uma Fénix estridente emergiu da sarça ardente da música e da poesia. Morrison era Dioniso nos seus concertos, nos seus bacanais, alguém que enfeitiçava o público com as suas performances. Era os demónios eróticos de Bosch a gingar pelo palco musical. Era a viagem. The big trip. Monta a serpente, cantava. "A luxúria de anjos eróticos fornicando as estrelas e a gritar pelo céu o seu insaciável prazer/ A luxúria das divindades hermafroditas a fazerem coisas inconcebíveis umas às outras e a gritarem deliciadas por todo o universo e para além dele."(Lenore Kandel). O jogo chamado "ficar louco". A certeza de que a vida não é a relação entre a oferta e a procura, nem uma fórmula única e irreversível. A Liberdade Absoluta, sem prisões nem castrações.

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