quinta-feira, 15 de julho de 2021

Calem-se, por favor, para podermos pensar

 JN13.07.2021  

Continuamos a ter “sistematicamente” pessoas a falar, falar, falar.

Parece que têm a imperiosa necessidade de aparecerem, de nos dizerem que existem e que sabem imenso de Covid-19.

Este fenómeno já tem acontecido neste e em outras situações, com muita gente que já está esquecida.

Vivemos nem tempo em que não parece possível parar e pensar.

E ao falarem pelos cotovelos, evidentemente que dizem e desdizem-se demasiadas vezes.

Porventura, nós, seres humanos ao nascermos com dois ouvidos e uma boca, talvez seja porque devemos ouvir mais e falar menos.

Por um lado, temos uns quantos ministros que estão sempre a falar e a aparecer onde lhes deem espaço. Por outro lado, há os das oposições, que nada têm para propor, pelo que aparecem apenas para dizer mal do que os outros disseram.

Esta necessidade de falar, falar, falar, aparecer, dar prova de vida faz com que poucos ouçam. Perdeu-se a capacidade de ouvir. Calar. Esperar. Pensar. Ouvir.

Já não interessa à População – que também o sabe fazer - contar vagas de Covid-19, confinamentos e desconfinamento, não interessa a ninguém, nada adianta!

Vem a Ministra do Covid-19 sem poder certezas, como ninguém pode ter, e fala, falar, fala…. Vem um e mais um e mais uma especialista de virologia ou em outra coisa qualquer dar a sua opinião, que é contrariada pelo especialista seguinte e pelo que se lhe segue. Já ninguém quer ouvir.

Se neste momento se “acha” que a solução é vacinar, vacinar, vacinar, seja, faça-se a mais organizada e rapidamente possível.

Nomearam uma pessoa para liderar o processo. Deixem essa Pessoa trabalhar, senão é desnecessária. E esse sim, pode falar mas só sobre o que lhe compete.

Todos os restantes falantes, por favor calem-se. Por muito que lhes custe. Trabalhem. Pensem, descansem. O País agradece.

A Küttner de Magalhães  

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