quinta-feira, 31 de março de 2022

A minha liberdade e a dos outros

 

Uma coisa que nunca me coube na cabeça como normal, são aqueles abusos cometidos por essa aberração chamada “piquete de greve”. Uma qualquer organização sindical decide que a melhor forma de conseguir melhorias para a vida dos seus representados é fazer uma greve; até aqui, desde que cumpra as regras estabelecidas na lei da greve, nada errado, se não viram outra forma de resolver.

 

Só que, chegado o dia da anunciada “jornada de luta”, formam-se à porta das empresas uns grupos agressivos cuja função é impedir, de qualquerr maneira, alguém que não concorda com a greve de aceder ao seu posto de trabalho, não olhando a meios, incluindo agressões verbais e físicas.

 

Há cerca de quinze dias que se verifica em Espanha uma greve de camionistas autónomos, constituídos numa plataforma para esse efeito formada, à margem das organizações de profissionais de transportes, as quais, dizem os tais autónomos, não os representam; o problema, para eles, é que o Governo só pode levar a sério as organizações devidamente reconhecidas, e os camionistas por conta própria fazem finca-pé, continuando a greve.

 

Mas como não têm olhado a meios, estropiando os camiões dos que insistiam em trabalhar, agredindo os motoristas, usando até armas de fogo para intimidar, já há dezenas deles detidos e a greve vai perdendo aderentes porque, pela forma como agiram, perderam também a razão, sobretudo porque o problema que enfrentam, para lá da carestia dos combustíveis, é a própria concorrência entre eles que, como são muitos, os produtores de bens que a eles recorrem para fazer a distribuição, “esmagam” os preços, levando a que, segundo afirmam, trabalhem a perder dinheiro...

 

Amândio G. Martins

 

 

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