quinta-feira, 24 de março de 2022

Máquina infernal

 

Esta implacável máquina capitalista que atormenta os povos, a toda a hora faz demonstrações da sua bestialidade: um dia dizem-nos que os juros sobem a três, a cinco e a dez anos; no dia seguinte, que baixam a três, sobem a cinco e a dez; no outro, sobem a três e a cinco e baixam a dez, sem que ao simples mortal seja dada para isto uma explicação entendível.

 

Todos sabemos que existem, nos países produtores, enxurradas de petróleo, as máquinas para o extraír das profundezas não pararam de trabalhar, mas qualquer pretexto serve para que as cotações, em poucos dias, aumentem de forma escandalosamente artificial, passando de sessenta para cento e vinte o barril, atrapalhando as economias dos que não produzem aquela energia.

 

O dito ”Novo Banco”, dizem as notícias, já começou a dar lucro, podendo dispensar, no entendimento de muita gente sabedora -  até do governador do BP, que deve ter esquecido o contrato que assinou -  mais injecções de dinheiros públicos; só que aquele Ramalho, que o patrão americano terá escolhido a dedo para defender os seus interesses, não os de Portugal, cumpre bem a tarefa de que foi incumbido, perante quem lhe paga chorudas alcavalas, para lá do “ordenadozinho” mensal, e já fez saber que são precisos mais uns centos de milhões, e restam poucas dúvidas de que irão sugar até ao último cêntimo a que julguem ter direito porque, senão, lá da América, mexem os cordelinhos nos famigerados “mercados” e a coisa acaba por nos saír muito mais cara...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

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