O “Partido Popular” em Espanha acaba de engolir um sapo bem indigesto, ao ver-se obrigado, pela primeira vez, a dar a "Vox" honras de Governo, na comunidade da Castilla y León, porque a alternativa seria novas eleições, já que os socialistas não se quiseram meter naquilo; de facto, aquele desejo de governar sem depender de outros, que os fez terminar a coligação com “Ciudadanos”, se reduziu a um único eleito este partido, fez crescer os extremistas de Direita ao ponto de exigirem o que agora conseguiram: A presidência do Parlamento autonómico, uma vice-presidência no Governo e mais trê pastas na governação.
Alberto Feijóo, que se prepara para tomar conta do PP, “desculpa-se” com o facto de o PSOE não ter querido colaborar numa solução diferente, e novas eleições pareceram-lhe um despropósito perante o eleitorado, mas os remoques chovem de todo o lado, até do PPE, com Donald Tusk a classificar aquilo de “acontecimento triste”, terem aberto as portas de um Governo àquela gente extremista, que ainda agora, no Congresso nacional, votou contra a investigação à pedofilia na igreja católica.
Desde o famigerado Franco, passando por Manuel Fraga e Rajoy, a Galiza fornece agora mais um líder nacional para governar Espanha, e dizem alguns comentadores que se enganam aqueles que dizem de Feijóo que é um moderado; para começar, quando aceitou vir a liderar o partido, soou bem a demarcação que fez de Casado e sua equipa, na terminologia usada contra os socialistas: “No vengo para insultar Sánchez, sino para derrotarlo”...
Amândio G. Martins
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