Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
domingo, 30 de junho de 2013
Poema da opressão
- Não vás!
Diz-me o temor,
Escudado em decénios de opressão.
E eu,
Covarde,
Invoco tal razão
E fico para trás
E fujo e saio.
- Não vás!
Diz-me o instinto
Que conservar quer meu corpo vil.
E eu,
Covarde,
Mais um, entre mil mil,
Acho boa a razão
E fico e fico.
- Vai!
Ordena a Dignidade,
Que adormecida noutro eu,
Ainda existe em mim.
Alcanço o Além.
Vejo a Eternidade!
Fico de pé,
Sinto o caminho ... e vou!
JOAQUIM CARREIRA TAPADINHAS
A greve
Leio na rúbrica “caras da semana” deste Domingo, 30 de Junho, analisando
a figura de “Nuno Crato, O negociador”, que: “Ministro e sindicatos acordam o
que estava debaixo da mesa há semanas” e também que “(…) ficou a sensação de
que os dois lados estavam apenas a medir forças.” Na minha qualidade de
professor não fico particularmente impressionado com um jornal que baseia a sua
opinião sobre as greves que opuseram o meu sindicato e o ministério da educação
numa sensação. O autor do texto talvez pudesse ter especificado: tratou-se de
uma “leve sensação” ou de uma “forte sensação”?
De todo o processo de luta que abalou o final do ano lectivo deu-se uma
grande relevância à greve aos exames. Jornais e televisões abriram os seus
espaços informativos com grandes parangonas e um tom apocalíptico, características
da informação-espectáculo. O trabalho era do mais fácil que imaginar se pode;
bastava colocar um jornalista estagiário à porta de uma escola e enfiar um
microfone à frente de alunos, pais e professores, perguntando de que modo
batiam os seus corações. Cada um expressou a sua opinião, os
leitores/espectadores puderam sentir de que lado se colocavam. Tudo muito à
flor da pele. O ministro aproveitou para fazer de vítima (os professores não
tinham o direito de fazer uma greve daquelas), Cavaco veio apelar ao bom senso,
Passos Coelho propôs datas convenientes para se fazerem greves e concluiu que,
como a lei não lhe convinha, o melhor seria alterar a lei, até o bispo de
Lisboa (se não estou em erro) veio apelar aos sentimentos cristãos dos
professores em defesa das criancinhas. A greve tornou-se, como convinha, um
autêntico circo mediático.
No entanto, decorria em simultâneo, uma outra greve de professores, às
avaliações de final de ano. Essa era uma greve silenciosa, uma greve chata, uma
coisa sistemática e monótona que não proporcionava o espectáculo mediático que
alimenta os noticiários, sempre em busca de sangue e tripas à mostra. Foi, no
entanto, esta greve que precipitou o desenlace das negociações entre sindicatos
e ministério com vantagem nítida para as pretensões do professorado.
Analisando as conclusões do processo negocial importa salientar que a
reivindicação mais importante dos sindicatos, a manutenção da direcção de turma
na componente lectiva dos professores, foi aceite pelo ministério mas não vi
nenhum órgão de informação dar a este “pormenor” a relevância merecida.
É que o
trabalho de direcção de turma não só é complexo e exigente como também, caso
fosse atirado para a componente não lectiva dos horários docentes, significaria
o desaparecimento de milhares de horários e respectivas vagas nos quadros das
escolas e consequente desemprego para milhares de professores. A sobrecarga de
trabalho para os directores de turma significaria (ainda mais) perda de
qualidade no ensino público e privado. As questões de mobilidade e as
espampanantes 40 horas de trabalho são trocos quando comparadas com o “pormenor”
da direcção de turma, aborrecido e difícil de compreender para quem está fora
do sistema de ensino.
Apelo, nesta carta, à directora do jornal Público para que se faça uma
análise cuidada às repercussões que seriam sentidas no sistema de ensino caso o
ministério da educação tivesse conseguido, como ansiava, retirar a direcção de
turma da componente lectiva. Enquanto professor sinto-me quase insultado quando
ouço dizer que estas greves foram uma “guerra do alecrim e da manjerona”,
conclusão que convém, e de que maneira, para manter mais ou menos limpa a
frágil imagem política de Nuno Crato. Negociador? Não brinquem com coisas
sérias.
carta enviada à directora do Público
Cortes na A28, na A7 e na N13?
Como protesto pelo facto dos governos não financiarem a recuperação do Convento de Santa Clara, o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde ameaçou barrar as estradas que atravessam o seu feudo. Sim, o seu feudo, a sua quinta, que é assim que tais propósitos nos fazem crer que ele sente Vila do Conde, a A28, a A7 e a NA 13!
Este exemplo demonstra o lado tenebroso do poder autárquico nascido do 25 de Abril de 1974. Estes senhores (não todos, felizmente, mas a maioria, infelizmente) convenceram-se que são os donos dos concelhos. Movidos pelos mais "nobres sentimentos de sacrifício" pelo povo, nas alturas de eleições (como agora acontece) andam por todo o lado a distribuir sorrisos e beijinhos em troca de votos: - é o populismo na sua mais reles manifestação; depois de caçados os votos, já eleitos, passam a viver à custa do poder com tanto "sacrifício" conquistado e dormem descansados porque têm a "consciência" tranquila, deleitando-se com sonhos de arruaças, como esta de cortar a A28, a A7 e a N13!
Por nós, eleitores, colocarmos tão baixa a fasquia da nossa exigência com a eleição dos nossos representantes (que são sòmente representantes, e não donos), é que estamos nesta situação de catástrofe nacional para que eles nos arrastaram. Contentamo-nos em votar no menos mau quando pensamos que não há melhor, e as consequências estão à vista! Mas há sempre uma alternativa melhor do que votarmos no menos mau, que é votarmos em branco! Juizinho, eleitores como eu!
José Madureira
Habituar as Pessoas a ouvir e falar! Ao vivo!
Talvez estejamos cada vez menos habituados a ouvir e a falar. Perdeu-se o
espaço e o tempo, dado que se permite que a televisão fale e ouça por nós, e
toda a comunicação seja telecomandada pela tecnológica que desumaniza as
relações entre seres humanos e se lhe sobrepõe.
Temos cada vez menos tempo, ou talvez menos vontade, de ouvir e falar,
entre Pessoas e não entre aparelhos. Quase se torna perigoso dizer isto, quando
mais de meio mundo circula no Facebook, ou seja filtrado, não face a face ao
vivo, e um inquérito diz que só os criminosos, por segurança, não têm página no
Facebook.
E nos momentos que estando juntos deveríamos de facto estar, mormente na
família – assuma-se o que se achar melhor hoje ser a família – não se “põe a
conversa em dia”, deixámos de o querer fazer, e a televisão, fá-lo por nós.
Ligado o aparelho, este capitaliza o tempo e o espaço.
E também claro, o computador, o telemóvel, a playstation, e cada um vive em
torno do seu individualismo que não é ultrapassável, e torna-se um bloqueio a
toda a comunicação frontal, sem aparelhos de permeio.
E os pais não estão ao corrente dos dias dos filhos, estes não desabafam
com aqueles e de repente acontece uma qualquer trapalhada e todos ficam
admirados por não entenderem, como até nos seus casos, foi possível “aquilo”
acontecer.
O ser humano já de si é complicado, complica e faz difícil o que é fácil.
Se não houver uma forma aberta de ouvir e falar para descomplicar, o que por
vezes é o mais difícil, dado que daria espaço e tempo para resolver casos
pequenos dia a dia, quando chegam ao ponto da não resolução, atira-se a culpa
para as Crises e pronto. Nunca a culpa é nossa, nunca assumimos que deveríamos
até nós, também ter sido bem diferentes
Torna-se indispensável – ou não! – de livre iniciativa, sem obrigações
demasiado “obrigatórias, as famílias terem um tempo que vai de 10 a 100 minutos
para tomar uma refeição ao vivo frente a frente, sem televisões, computadores,
telemóveis e playstation. Para colocarem a conversa em dia. Para estarem de facto
”juntos”!
Claro que as primeiras refeições nestas circunstâncias nem 5 minutos devem
durar, uma vez que ninguém estará preparado para estar a falar e ouvir sem ter
algo que foca a atenção de todos, e desvia de todos a centralidade e a presença
humana.
Mas talvez com insistência seja conseguível. Talvez todos venhamos em
pequenos círculos a beneficiar. Talvez o tal individualismo que a todos nos
invade se vá esbatendo. E claro que antes e depois, no trabalho e em lazer,
haverá tempo e até necessidade para toda a nova tecnologia que tanto jeito nos
dá, mas que nos está a transformar em escravos dessa mesma tecnologia, quando a
bem de todos que não da tecnologia - antes, de quem a controla - deveria ser
exatamente o inverso. Talvez seja de ir tentando já hoje, jantar de televisão
desligado e computador, e playstation, e telemóvel. No fim liga-se tudo!
Augusto Küttner
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Familias em Limiar emocional
Famílias em limiar emocional
Infelizmente, já começa a ser habitual ver os noticiários das TVs a mostrar famílias portuguesas a viverem num estado sub-humano, no limiar da sobrevivência: física, mental e emocional. Mostrar famílias a viverem em garagens sem condições higiénicas, sem água, sem luz, sem alimentação,… não podemos deixar que se torne uma “visão normal”, como se fosse de algum pais do terceiro mundo (que também não poderá acontecer) a dezenas de milhares de Kms e sem qualquer tipo de instituição ou de um movimento cívico que resolva este tipo de assuntos.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Um dos culpados...
Acho mesmo que parte da culpa deste avanço às cegas do neoliberalismo que nos tolhe é do "cavalo de Troia" denominado "terceira via" teorizado por Anthony Giddens a que Tony Blair deu andamento no "New Labour". E não há nada como uma boa ficção para exemplificar... a realidade. Aqui vão dois pedaços de diálogo do livro O Círculo Fechado de Jonathan Coe (Ed. ASA) que bem o exemplificam.
"... é claro que as pessoas perceberiam logo o logro onde caíram... porque a maior parte delas continua a pensar que votou num partido de esquerda, quando na realidade votou em mais cinco anos de thatcherismo... (pág. 159)
"...todo o sistema está montado unicamente para acolher uma ínfima minoria da opinião política. a esquerda mudou-se para a direita, a direita deslocou-se um bocadinho de nada para a esquerda. Enfim: o círculo está fechado e bem fechado e que se fodam (sic) os outros." (pág. 170)
O "grande centrão" ataca-se de dia e janta em família à noite... Depois admira-se do que está a suceder no Brasil... Tenho esperança que também cá cada um tome para si aquilo que devia defender segundo o que a sua ideologia lhe dita e não se abrigue num guarda-chuva amibiano que nada assume como diferente e... melhor. Que saudades da (única) social-democracia!
"... é claro que as pessoas perceberiam logo o logro onde caíram... porque a maior parte delas continua a pensar que votou num partido de esquerda, quando na realidade votou em mais cinco anos de thatcherismo... (pág. 159)
"...todo o sistema está montado unicamente para acolher uma ínfima minoria da opinião política. a esquerda mudou-se para a direita, a direita deslocou-se um bocadinho de nada para a esquerda. Enfim: o círculo está fechado e bem fechado e que se fodam (sic) os outros." (pág. 170)
O "grande centrão" ataca-se de dia e janta em família à noite... Depois admira-se do que está a suceder no Brasil... Tenho esperança que também cá cada um tome para si aquilo que devia defender segundo o que a sua ideologia lhe dita e não se abrigue num guarda-chuva amibiano que nada assume como diferente e... melhor. Que saudades da (única) social-democracia!
Estamos completamente à deriva!
Em todo o lado deste País, todos os que andamos “cá por baixo” sentimos o
País completamente à deriva. Sem rumo! Nenhum.
Os que “andam lá por cima” como não conseguem e não querem olhar “cá para
baixo” acham que com os Mercados e mais umas Conversas entre saídas e entras de
alguns eventos, “isto” se resolve, mas não está fácil. E não parece resolúvel!
Pelo menos tão facilmente!
Já nem dá para entender, se vai ser com manifestações de desagrado, uma vez
que não se trata de bons costumes ou sermos brandos, trata-se de “cá em baixo”
ainda haver algum senso e entender-se que partir tudo, para do zero começar não
resulta. Mas tudo tem um limite, e quando for ultrapassado, nada segura,
ninguém.
Quando se for cada vez mais entendendo, que não se entende como vamos sair
deste atolanço, que não se vislumbra vias de não continuado empobrecimento,
nada há a perder! E esta noção de que “em cima” parece tudo bem, e “em baixo “
parece tudo mal, não deve poder continuar.
Enquanto cá em baixo ninguém entender como vai aguentar com um mínimo de
dignidade de vida, sem ficar na penúria anunciada, cada dia que passa é um
acréscimo à sensação de “deriva” em que nos encontramos.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Por mais que o tempo passe...
"Por mais que o tempo passe há coisas que nunca mudam"
O autor desta frase pintada numa parede poderia estar a pensar em muitas coisas, ou melhor, há uma variedade de assuntos a que se poderia aplicar esta frase. Escrita nos dias de hoje levo-a para o campo da crise política-económica-social que assola o país, inevitavelmente. Até poderei estar enganado e aquilo que motivou B a escrever ter sido um desgosto de amor ou a perda de uma amizade. Eu leio e penso no que cerca de 50 anos de democracia não nos deram e deveria ter dado. Maior maturidade política dos cidadãos, maior participação activa na cidadania local, maior empenho em olharmos não só a árvore mas também a floresta, maior capacidade de olhar mais para a frente em vez de olharmos só o nosso umbigo. Olho para as desgraças que assolam milhões de portugueses e sinto-me triste. Triste porque muita da pobreza existente poderia ter-se evitado. triste porque muita da pobreza existente é culpa de uns poucos canalhas que se servem do poder para subir na vida e ajudar os amigos. Triste porque este povo não merecia o que lhe está a acontecer. Tenho orgulho em ser português e em algum do passado histórico. Tenho orgulho nas gentes que cuidam do país. Não dos governantes mas dos que, nas suas tarefas diárias, vão fazendo andar o país para a frente o melhor que podem e os deixam. Sou português sim, mas não sou estúpido.
'Cara de poucos amigos'
Infelizmente, tenho andado com 'cara de poucos amigos'.
Infelizmente, muitas das vezes, ando com ‘cara de poucos amigos’ só de pensar na ‘p… da vida’, que nos tem encalacrado até mais não.
Contudo, não devemos sistematicamente dizer que as culpas são dos outros, porque os outros o mesmo dizem de nós.
E, assim, sucessivamente, até as culpas acabam sempre por ‘morrer solteiras’, pelo que até não há nascimentos por tais 'castas' culpas, face ao galopante envelhecimento da sociedade portuguesa, prestes a cair totalmente nas mãos dos ‘amarelos’, dos corruptos dirigentes internos e demais derivados da estranja.
E este prólogo de ‘cara de poucos amigos’ só quer afirmar que ao ‘batermos’ (e bem) nos ‘nossos’ governantes e outros desviantes celerados de poleiro, em nós mesmo batemos, pois eles são igualmente ‘farinha do mesmo saco’, só que estão em lugares que podem beneficiá-los até mais não ser possível, e nós acusamo-los porque a tais imorais mordomias não temos acesso, mas uma vez ao alcance delas: ‘os outros que se amanhem’, por não terem tido a safadeza de atingir tais ambicionados tachos.
Portanto, se não fôssemos tão hipócritas, o país, o nosso mui amado Portugal, até no Inverno seria o sol do progresso, aonde não faltaria pão em nenhuma boca.
E como ‘nem só de pão vive o homem’, o saber escolher o trigo do joio com consciência e rectidão, não daríamos qualquer destaque ao pernicioso joio que nos tem enredado a vida, pelo que o trigo da sabedoria nos alimentaria a boca e enobrecia a alma de todos nós.
José Amaral
Infelizmente, muitas das vezes, ando com ‘cara de poucos amigos’ só de pensar na ‘p… da vida’, que nos tem encalacrado até mais não.
Contudo, não devemos sistematicamente dizer que as culpas são dos outros, porque os outros o mesmo dizem de nós.
E, assim, sucessivamente, até as culpas acabam sempre por ‘morrer solteiras’, pelo que até não há nascimentos por tais 'castas' culpas, face ao galopante envelhecimento da sociedade portuguesa, prestes a cair totalmente nas mãos dos ‘amarelos’, dos corruptos dirigentes internos e demais derivados da estranja.
E este prólogo de ‘cara de poucos amigos’ só quer afirmar que ao ‘batermos’ (e bem) nos ‘nossos’ governantes e outros desviantes celerados de poleiro, em nós mesmo batemos, pois eles são igualmente ‘farinha do mesmo saco’, só que estão em lugares que podem beneficiá-los até mais não ser possível, e nós acusamo-los porque a tais imorais mordomias não temos acesso, mas uma vez ao alcance delas: ‘os outros que se amanhem’, por não terem tido a safadeza de atingir tais ambicionados tachos.
Portanto, se não fôssemos tão hipócritas, o país, o nosso mui amado Portugal, até no Inverno seria o sol do progresso, aonde não faltaria pão em nenhuma boca.
E como ‘nem só de pão vive o homem’, o saber escolher o trigo do joio com consciência e rectidão, não daríamos qualquer destaque ao pernicioso joio que nos tem enredado a vida, pelo que o trigo da sabedoria nos alimentaria a boca e enobrecia a alma de todos nós.
José Amaral
Greve Geral
Há todas as razões para os trabalhadores fazerem Greve Geral. O emprego está cada vez mais inseguro, precário e pago ao preço «da chuva». A precarização rouba a dignidade a quem trabalha, não podendo ser a troco duma malga de arroz. Os ordenados reduzem-se e o salário minimíssimo nacional está congelado há anos. Direitos em regressão acentuada, aumentando cada vez mais os deveres. Contratação Colectiva do Trabalho em vias de extinção, sendo óptimo para o patronato os contratos individuais de trabalho... Já se despede, porque sim! Segurança Social a responder cada vez menos, ficando as prestações sociais por pagar muito aquém do total dos desempregados. Sanha persecutória na privatização do bem (serviço) público: A nata do SNS; os CTT; TAP; Água etc. Até as Confederações patronais afirmam que a austeridade falhou e são amplamente beneficiados na relação capital/trabalho. Os trabalhadores foram garroteados por medidas duríssimas que não serviram para nada. A OCDE prevê o agravamento de todos os indicadores económicos e financeiros, apontando uma dívida de 132% do PIB, em 2014. A dívida aumentou 48 mil milhões de euros(!), e já representa 127% do Produto Interno Bruto.
Trabalhamos mais horas que os alemães e finlandeses, porque razão estamos a “anos-luz” desses povos em rendimento per capita? A redistribuição da riqueza não é utopia, é um facto muitas vezes assinalado. Aí, Portugal também deixará de ser protetorado, recuperando a independência com justiça social e felicidade.
Vítor Colaço Santos
A Europa tem que aproveitar o momento e unir-se
De modo algum se trata de ir à sombra, do menos bem
conseguir dos outros para sermos capazes de nos unirmos, mas a Europa ou o faz
agora, ou vai-se desmoronar completamente.
Vivemos num mundo globalizado – já estamos cansados de
isto ouvir – onde se pensou que todos iríamos poder crescer indefinidamente. E
que haveriam mais igualdades, com uma classe média mundial, enorme.
Bem, está tudo em todo o lado a falhar. Cada vez é
maior o número de muito pobres e dos poucos, cada vez muito mais ricos – a
Forbes disto faz capas! - e as classes médias que de facto cresceram por todo o
mundo, estão em declínio, por todo o lado.
O Brasil que crescia com pés de barro, conseguiu ir
tirando muitas pessoas da pobreza, mas não o fazendo de forma sustentada e tudo
está em derrocada. Se não tivessem tremendas riquezas naturais, hoje, já
estavam falido.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Iô-Iô
O
ex-secretário de Estado da Defesa, que desempenhou funções de director administrativo
e financeiro na Metro do Porto e foi recentemente afastado do Governo por causa
da polémica dos swaps, foi readmitido
na Metro do Porto como … director administrativo e financeiro.
Temos,
infelizmente, a "geração iô-iô", os jovens (e não só) sacrificados ao
“iô-iô” do desemprego - precariedade- desemprego...
E
temos também, infelizmente, a selecção “iô-iô” dos "troca - troca" (swap-swap) privilegiados pelo “iô-iô” de
empresas públicas - Governo - empresas públicas...
Sendo
que a dimensão da geração não é de todo alheia à da selecção...
(PÚBLICO, 25-6-2013)
João Fraga de Oliveira
Tornado Infinito
O tornado Oklahoma, grau 5, durando cerca de 45 minutos, foi como se um corta-relva tivesse passado por cima da comunidade. Qual será a classificação do tornado que assola Portugal desde o Minho às Ilhas que tudo tem arrasado? Irei evitar quantificar os exemplos com números pois quando acabar esta carta já estão desactualizados. Quantas falências por hora com o consequente agravamento de desemprego? Quantos aumentos de IMI a recair nos proprietários que tantos sacrifícios fizeram durante uma vida para serem donos da sua casinha e agora, muitos deles, já no ocaso da vida, serem vítimas dum imposto tão injusto? Quantos casais da classe média e média-baixa se viram rapidamente sem direito ao subsídio de desemprego? Quantos reformados, com pensões miseráveis estão impedidos de aviar a receita médica pois a reforma não chega para ajudar os filhos e netos que lhes entraram pela porta dentro vítimas das insolvências dos empregadores e da segurança social? Quantos cortes nas reformas que todos nós, obrigados e de boa-fé, confiamos ao Estado e este descaradamente a encurta, encurta e não param de encurtar e sempre com ameaças de mais cortes em verbas sagradas e que deviam ser intocáveis Será possível quantificar quantas mortes por falta assistência médica e medicamentosa, fome encoberta, e sem esquecer a taxa de suicídios que já ultrapassa o número de mortes registadas por acidentes de viação ou acidentes de trabalho. Claro que quando chega o tornado, haverá sempre quem tenha um abrigo e com o cartão do partido e se possível com o da maçonaria, consegue atingir com facilidade o lugar de CEO de qualquer empresa pública ou intervencionada, auferindo ordenados e prémios obscenos mesmo em tempo de vacas gordas, quanto mais agora, com todos nós a apertar o cinto. Do outro lado da barricada, há os outros, os simples mas bons, que sem cartões partidários mas cheios de fé, partem a pé na direcção de Fátima para terem direito não a um lugar de CEO mas simplesmente um lugar no CÉU. Termino com a promessa cumprida de não mencionar números que como estão vendo, já estariam ultrapassados. Qual a classificação do nosso tornado? O infinito, sem dúvida. Até quando aguentamos isto?
(DN, 23-5-2013)
Jorge Morais
O triunfo dos Swap´s, perdão, dos porcos...
George Orwell (escritor)
1903.Junho.25 – Motihari, Bengala, Índia / 1950
Jornalista,
romancista e ensaísta nasceu na Índia com o nome de Eric Blair foi para em
Inglaterra estudar tendo depois voltado à Índia para ingressar na Polícia Imperial onde
permaneceu entre 1922 e 1928 tendo-se demitido então quando se convenceu que o
Imperialismo era, em larga escala, uma ilusão. A partir de 1928 até 1935 viveu
entre Londres e Paris em extremas dificuldades financeiras e só a partir de
então conheceu algum sucesso literário que lhe permitiu meios de subsistência.
No livro “The road to Wigan Pier” descreve o efeito da depressão sobre uma cidade
industrial inglesa, e examina as perspetivas do socialismo na Inglaterra.
Desencadeada a Guerra Civil em Espanha alista-se no combate contra Franco ao
lado dos governamentais. Desta época surgiu mais tarde o livro “Homenagem à Catalunha” onde relata como os comunistas espanhóis, com
ajuda de alguns russos, transformaram a luta para salvar a República numa
guerra de extermínio dos seus adversários políticos, livro esse que o levou a
uma rotura com a extrema-esquerda. Autor de vários romances foi com “Animal Farm” de 1946 e “1984” que ganhou notoriedade. O primeiro é uma sátira
enérgica, em forma de fantasia, ao totalitarismo soviético de Estaline e o
segundo revela os pontos nevrálgicos da consciência do nosso tempo. A sua
extraordinária honestidade revela-se principalmente nos ensaios: ninguém na
Inglaterra, antes dele, abordara os problemas da política social com igual
franqueza e clarividência.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Reformar a sério. Será possível?
Como é evidente este Governo não quer reformar nada a
sério. Mas, algo que a ninguém espantará, é que não é só este Governo, todos –
sem excepções – os Partidos/ Movimentos presentes no Parlamento, não querem
fazer reformas a sério.
Quanto a este aspecto, ficam aqui dois exemplos que só
não chocam quem não queira ser chocado. Temos o mesmo número de Câmaras
Municipais desde meados do século XIX, todos que não políticos já entendemos
que no nosso seculo XXI deveriam ser muito menos, porém nem uma foi eliminada
por proposta de um único partido, nem será. Quanto à trapalhada do quarto
mandato na autarquia vizinha por não poder continuar na mesma, nem um Partido/
Movimento agarrou nesta temática e a levou, no Parlamento, até às últimas
consequências, à séria. Todos podem ter que se servir do quarto mandato!
Claro que o Governo – este ou outro – quanto mais se
retardar a reformar a sério, mais consegue manter pessoas que lhes estão
afectas em cargos políticos/públicos. Se não acaba com esses lugares, ao
reformar! E assim ainda estão por reformar (reestruturar) para além das
autarquias, as Universidades, os Institutos, as Fundações, as Empresas
Municipais, e por aí adiante. Tanto, onde ter que reformar, que não só em
reformas/pensões, educação e saúde, o dito Estado Social. Aqui sim, vai a eito.
Assim, desde há 25 anos que se foram criando serviços
públicos e/ou políticos que fizeram crescer a máquina do Estado e das
Autarquias,- com mordomias, com gabinetes, com automóveis, com cartões de
crédito - mesmo que tantos não fossem necessários, mas havia lugares a
distribuir por pessoas a quem era necessário fazê-lo, depois de cada eleição,
para aí cumprir o prometido. No resto – aos eleitores - prometido talvez não
fosse cumprido! Alguma inverdade, aqui?
domingo, 23 de junho de 2013
"Palavra de ordem"
Uma das palavras de ordem da APRe! na manifestação de 6/6, frente ao Ministério da Solidariedade. Em quadras, numa premonição do S. João de hoje... com outros "santos"...
O Portas aperta o Passos
O Passos aperta o Portas
Enquanto ambos se apertam
As nossas vidas vão tortas
As nossas vidas vão tortas
Estão mesmo a andar p,ra trás
Por causa destes senhores
Deste governo incapaz
Deste governo incapaz
Tão cheio de incompetência
O povo desencantado
Vai perdendo a paciência...
Nota: dum "poeta popular aprista", feito na camioneta de ida para Lisboa e logo assumido por todos nós.
O Portas aperta o Passos
O Passos aperta o Portas
Enquanto ambos se apertam
As nossas vidas vão tortas
As nossas vidas vão tortas
Estão mesmo a andar p,ra trás
Por causa destes senhores
Deste governo incapaz
Deste governo incapaz
Tão cheio de incompetência
O povo desencantado
Vai perdendo a paciência...
Nota: dum "poeta popular aprista", feito na camioneta de ida para Lisboa e logo assumido por todos nós.
sábado, 22 de junho de 2013
A minha troika.
A Troika de Lisboa
No dia 11 de Agosto de 1975, em Portugal estávamos em pleno 'Verão Quente' fruto de um PREC (Processo Revolucionário Em Curso) bastante agitado. Nesse dia, escolheu a revista norte-americana 'Time', colocar na sua prestigiada capa nada mais nada menos de que o nosso 'General' Otelo Saraiva de Carvalho, o presidente da república 'vermelho' Costa Gomes e o companheiro Vasco. Como título 'A ameaça vermelha (leia-se comunista) em Portugal' e a subtítulo 'A Troika de Lisboa'. Sim, nós tivemos uma Troika genuinamente portuguesa, temida principalmente na América, pois receavam que Portugal se torna-se nova nova Cuba em plena Europa. Claro que esta não se compara à Troika de que tanto se fala por estes dias. Não se tratavam de simples burocratas que vêm fazer o seu papel e que até têm descoberto coisas bem interessantes que nenhum governante se atrevera de revelar até então (as contas da madeira!), tratavam-se sim de militares que tinham ajudado a derrubar uma ditadura caduca de dezenas de anos e que o povo português, ao contrário do brasileiro, avesso a protestos e indignações públicas, nunca foi capaz de derrubar pelo muito respeitinho que tinha ao seu líder carismático e astuto. Esta é a minha Troika preferida por tudo o que de bom e também de mau fizeram. Da minha visão algo ingénua (nasci em 1961) e romântica naquela altura só tenho pena de não ter tido o esclarecimento necessário para que nas segundas eleições presidenciais tenha votado em Otelo, que era o meu ídolo da Revolução, e não em quem tinha realmente competência e um grande saber para o cargo e de quem, mais tarde, fui admirador. Maria de Lurdes Pintassilgo. Talvez a primeira-ministra mais brilhante que Portugal teve nos últimos anos.
Abbas Kiarostami
Abbas Kiarostami (realizador)
1940.Junho.22
– Teerão, Irão /
Licenciado em Belas Artes pela Universidade de
Teerão estreou-se em 1970 como
realizador. “Onde é
a casa do meu amigo?” (1987) foi o filme que o projectou internacionalmente tendo
a partir de então sido uma presença regular nos festivais de cinema
internacionais. Ganhou a Palma de Ouro em Cannes com o filme “O Sabor da Cereja” (1997) e dois anos mais tarde com o filme “O Vento levar-nos-á” ganha o Leão de Ouro do Festival de Veneza. No seu
filme “10” (2002) a mulher é a protagonista tendo o
realizador pretendido dar uma visão da mulher moderna iraniana. Praticamente
todo o filme se passa dentro de um automóvel conduzido por uma mulher e onde
ela tem de discussões de cariz sócio-político tendo em conta a vivência
iraniana. O carro funcionou aqui como espaço de reflexão, observação e de
conversação. Na maior parte dos seus outros filmes os espaços naturais são o
seu cenário preferido como “desejo de estar na natureza, de contemplar o céu, o
Outono, as quatro estações: esta é a única coisa que me faz recear a morte.
Porque o amor que aumenta de intensidade a cada dia, enquanto os outros perdem
força, é o amor pela natureza. Por essa razão os meus próximos filmes ainda
continuarão a tratar da natureza, e de facto o argumento destes será um
pretexto para estar novamente no meio dela.” De Abbas Kiarostami disse Akira
Kurosawa:”Quando Satyajit Ray nos deixou, fiquei muito desolado. Mas depois de
ver os filmes de Kiarostami, agradeço a Deus por nos ter dado um bom
substituto.” Uma das outras características de realizador iraniano é a
preferência por actores não-profissionais. Dada a sua projecção internacional,
Kiarostami é frequentemente convidado para integrar o júri de inúmeros
festivais de cinema internacionais. Em 2004 a Cinemateca Portuguesa dedicou-lhe
um ciclo de cinema e recentemente passou na RTP o seu último filme, “Cópia Certificada”, com Juliette Binoche.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
"Deus" de novo
Um livro e um país. Na diversidade que povoa o nosso quotidiano tantas vezes se cruzam coisas aparentemente singulares mas que logo nos aparecem ligadas, pelo menos na nossa mente.
Desta vez foi o "Em Nome do Pai" de Nuno Lobo Antunes e as notícias dos acontecimentos na Turquia. Ao primeiro li-o devagar, saboreando cada frase e cada intenção da prosa dum colega feito "José o Carpinteiro" que, inteligente como se manifesta, vai discorrendo numa "hesitação" que nada tem de titubeante mas também não é pacoviamente assertiva, entre "Galeno" e o "Pai dos céus", para nunca abdicar da autonomia do Homem. E a capa do livro expressa-o bem na dualidade do título ("Em Nome do Pai") e o sub-título ("Que Deus é este que toma a mulher de um homem honrado e nela deposita a sua semente").
Deus volta-me com a Turquia. Visitei-a há um ano e fiquei maravilhado! De Ancara a Istambul, do túmulo do grande Attaturk até à linha virtual entre Oriente e Ocidente (ou, citando Vergílio Ferreira, Nascente e...Ocaso), passando pelos menires, balões e cidades subterrâneas da Capadócia e outras belezas, tudo me encantou. Mas o que mais o fez, foi o belo social montado pelo, repito, grande Attaturk, que conseguiu tornar secular o quotidiano dos turcos islâmicos, onde a neblina do Bósforo me fez deliciar mais que o "lusco-fusco de encapuçados" da ponte Carlos em Praga! Que quer agora o "falso-laico moderado" Erdogan com a proibição do álcool e... dos carinhosos beijos dum homem e duma mulher? O Corão?...
Porque me lembrei de associar as duas coisas? Provavelmenteo facto de ser... apenas um homem.
Fernando Cardoso Rodrigues
Barack Obama, não engana!
Num tempo em que a nível global os políticos são suficientemente maus,
destaca-se pela diferença positiva Barack Obama. Se bem que a atribuição antes
de tempo do Premio Nobel da Paz não deixa de fazer notar que é o único político
nestes últimos 10 anos com qualidade e conteúdo para o ser. O resto, os
restantes em todo o lado, são suficientemente maus!
Claro que não chega. Claro que não é Barack Obama um ser supremo que tudo
vai resolver, longe disso, mas é O Politico de hoje na verdadeira conceção que
deveríamos ter, do que é ser politico. E, por comparação olhemos a Europa, as
restantes Américas, o outro lado do Mundo e não encontramos, hoje, um único
dirigente político com capacidade para o ser.
E os EUA não deveriam agora perder esta oportunidade de deixar trabalhar
Barack Obama que os ajudará a sair do precipício e continuará a ser o exemplo
do que deve ser feito a bem de um País, e essencialmente das Pessoas que nele
habitam, vivem e querem um pouco mais que só sobreviver.
Para os políticos ainda no activo, bem como os e recentemente retirados,
aqui da Desunião Europeia seria interessante conseguirem entender Obama quando
diz: “Devemos fazer escolhas difíceis para reduzir o custo da saúde e o tamanho
do défice”; rejeitando a crença de que “os americanos têm de escolher entre
apoiar a geração que construiu este país ou investir na geração que construirá
o futuro”.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
É esta a nossa Segurança Social
Em toda a imprensa
escrita de hoje, o destaque vai para escandalosa fraude existente na Segurança
Social, afirmando o Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança
Social, Marco António Costa, “que há mais casos em investigação”,
assunto que está a ser devidamente investigado, em virtude da atribuição de
falsos subsídios de desemprego, doenças e reformas. Que sejam levadas todas as
investigações até ao fim, para bem de todos nós, pois essa instituição é
pertença de todos nós.
Mas entretanto por outro lado não deixa de ser
menos verdade também, a deficiente eficácia na prestação de serviços
da mesma segurança social, para com os seus beneficiários contribuintes, que
como todos sabemos efectivamente não é a melhor. Sejamos então honestos,
frontais e não tenhamos receio de dizer as verdades, quando existem situações
para tal e assim quero apontar um caso muito real e concreto, que se está
a passar neste momento com este vosso "escriba".
Aconteceu no dia 23 de Abril, fui
de urgência ao Hospital Beatriz Ângelo (Loures), devido a um AVC,
tendo como tal, ficado logo internado. Aproveito este espaço para salientar o
facto, que durante o meu internamento, (fui extremamente bem tratado e
estou a ser bem acompanhado para a minha devida recuperação), no
serviço de Medicina Interna, chefiada pela Drª. Ana Cristina Grilo e a Drª. Ana Isabel
Reis, e aproveito para expressar o meu agradecimento especial, para todo
o pessoal, quer de enfermagem, quer auxiliares, daquele Departamento de
Medicina Interna, daquele hospital.
Glória a Mandiba!
Vítor Colaço Santos
terça-feira, 18 de junho de 2013
Não nos podemos calar
Toda as horas são oportunas para não nos calarmos por mais tempo:
As comunicações interpessoais que circulam na Internet poder-se-ão considerar ‘armas’ fundamentais para desmascarar todo aquele sistema que não está a desempenhar as suas funções para que foi criado.
E, nos governos ditos democráticos, tais funções estão aquém do que deveriam ser para que foram criadas, pois ao longo dos tempos foram tomadas de assalto e mal desempenhadas por gentes corruptas, desonestas e muitíssimo incompetentes.
E se nos circunscrevermos ao que se tem passado e passa no nosso malfadado país, que
é o que agora nos interessa e diz respeito, passo a partilhar com todos vós o teor do seguinte e-mail, o qual é uma súmula originária do clarividente sociólogo Boaventura Sousa Santos, que preconiza os seguintes radicais cortes e aumentos de receitas, a fim de ser estancada de vez a crise económica em que uns quantos desgraçados vendilhões pátrios criminosamente fizeram mergulhar Portugal e suas gentes:
As comunicações interpessoais que circulam na Internet poder-se-ão considerar ‘armas’ fundamentais para desmascarar todo aquele sistema que não está a desempenhar as suas funções para que foi criado.
E, nos governos ditos democráticos, tais funções estão aquém do que deveriam ser para que foram criadas, pois ao longo dos tempos foram tomadas de assalto e mal desempenhadas por gentes corruptas, desonestas e muitíssimo incompetentes.
E se nos circunscrevermos ao que se tem passado e passa no nosso malfadado país, que
é o que agora nos interessa e diz respeito, passo a partilhar com todos vós o teor do seguinte e-mail, o qual é uma súmula originária do clarividente sociólogo Boaventura Sousa Santos, que preconiza os seguintes radicais cortes e aumentos de receitas, a fim de ser estancada de vez a crise económica em que uns quantos desgraçados vendilhões pátrios criminosamente fizeram mergulhar Portugal e suas gentes:
«O antieuro»
Cada vez fico mais pensativo, quanto ao futuro.
Quem tiver lido o caderno económico ‘dinheiro vivo’ do JN de 15/6 e nele se tenha debruçado sobre o conteúdo do artigo ‘o antieuro’ que versa as ideias de Thilo Sarrazin que quer uma Alemanha orgulhosamente só, ficará com a ideia de que um novo Holocausto poderá já estar na forja e à nossa espera, se esta besta humana conseguisse levar por diante aquilo que tenazmente defende e gostaria de aplicar de imediato.
Este ‘monstro’, filiado no Partido Social Democrata alemão, que foi director do Bundesbank e responsável pelas Finanças de Berlim depois da reunificação e opositor convicto contra a união europeia e monetária, VOCIFEROU que não deve haver qualquer espécie de contemplações para com a indolência de países com Portugal, pelo que a sua Alemanha devia fechar as portas e os bolsos a tais mendigos países.
Perante tais afirmações, que só são uma pequena amostragem do seu tenebroso pensamento, fico cada vez mais atormentado com o nosso país cada vez mais ingovernável e com os nossos incompetentes governantes a porem-se a jeito de tal gente com as mãos mais manchadas de sangue que outro qualquer povo, pelo que o nosso futuro, entregue a tais algozes, se me afigura cada vez mais negro e trágico.
Quem tiver lido o caderno económico ‘dinheiro vivo’ do JN de 15/6 e nele se tenha debruçado sobre o conteúdo do artigo ‘o antieuro’ que versa as ideias de Thilo Sarrazin que quer uma Alemanha orgulhosamente só, ficará com a ideia de que um novo Holocausto poderá já estar na forja e à nossa espera, se esta besta humana conseguisse levar por diante aquilo que tenazmente defende e gostaria de aplicar de imediato.
Este ‘monstro’, filiado no Partido Social Democrata alemão, que foi director do Bundesbank e responsável pelas Finanças de Berlim depois da reunificação e opositor convicto contra a união europeia e monetária, VOCIFEROU que não deve haver qualquer espécie de contemplações para com a indolência de países com Portugal, pelo que a sua Alemanha devia fechar as portas e os bolsos a tais mendigos países.
Perante tais afirmações, que só são uma pequena amostragem do seu tenebroso pensamento, fico cada vez mais atormentado com o nosso país cada vez mais ingovernável e com os nossos incompetentes governantes a porem-se a jeito de tal gente com as mãos mais manchadas de sangue que outro qualquer povo, pelo que o nosso futuro, entregue a tais algozes, se me afigura cada vez mais negro e trágico.
José Amaral
perdidos
Justiça,
Verdade,
Empenho,
Trabalho,
Equidade,
Honestidade,
Mérito,
Vergonha
e Decência.
Procuram-se!
Lídia Jorge
Lídia Jorge (escritora)
1946.Junho.18
– Boliqueime, Portugal /
Natural de Boliqueime,
Lídia Jorge nasceu a 18 de Junho de 1946, tendo-se licenciado em Filologia Românica
pela Universidade de Lisboa. Seguiu a carreira de docente do Ensino Liceal e
foi nessa condição que passou alguns anos em Angola e Moçambique, durante o
último período da Guerra Colonial. Lídia Jorge iniciou a sua obra com O
Dia dos Prodígios (1980) o seu primeiro
romance que haveria de constituir um acontecimento num período em que se
inaugurava uma nova fase da Literatura Portuguesa. O livro constrói-se como
uma alegoria do país fechado e parado que Portugal era sob a ditadura,
permanentemente à espera de uma força que o transformasse. O impacto
causado por este romance foi, também ele, prodigioso, e a autora foi de
imediato saudada como uma das mais importantes revelações das letras
portuguesas e uma renovadora do seu imaginário romanesco. A linguagem narrativa deste romance remete para a atmosfera
do realismo mágico. Nos romances de Lídia Jorge, a condição sócio-cultural das
personagens, sobretudo as femininas, reflecte-se em diálogos, testemunhos a que
não é alheia a atenção que a autora dispensa à tradição oral, em relação
directa com a crónica da nossa história recente, antes e depois da revolução. Da
sua experiência em África, escreveu A
Costa dos Murmúrios (1988) pela
prespectiva de uma personagem feminina, mulher de um oficial do Exército
Português em serviço em Moçambique, livro que serviu para confirmar a
romancista no panorama literário em Portugal. Seguiram-se O
Jardim Sem Limites (1995), O
Vale da Paixão (1998) O Vento Assobiando nas Gruas (2002), entre outros romances, livros de contos,
peças de teatro e ensaios. A par da actividade
literária, Lídia Jorge foi professora convidada da Faculdade de Letras de
Lisboa, actividade que interrompeu para desempenhar funções na Alta Autoridade
para a Comunicação Social, entre 1990 e 1994. Os seus livros têm-lhe merecido
variadíssimos prémios e estão traduzidos para diversas línguas. Em 2006, a autora foi
distinguida na Alemanha, com a primeira edição do Albatroz, Prémio
Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass, atribuído pelo conjunto
da sua obra. O seu último livro A Noite das Mulheres
Cantoras é
de 2011. Será hoje uma das escritoras mais conceituadas no panorama literário
português.
Fundir as Polícias, porque não?
Claro que não deveria ser só por indicação do FMI, que as
Policias deveriam, já, ser uma só, tem anos!! E se não fizermos aqui o que o
FMI manda, eles vão nos fazer , fazer noutro ponto qualquer.
Não fizemos o que deveríamos ter feito e eles pretendiam,
que era acabar com mais de metade das Camaras Municipais, Institutos e Fundações
- e tinham razão, e têm razão - , e a cada dia que passa eles vêm com outras indicações
que serão sempre muito mais gravosas para a população em geral. Quando aquelas seriam
só, para uns poucos e sempre os mesmos, privilegiados!
Bem, é assim que nos continuamos a portar - mal - e assim vamos continuar a sofrer - os cá de
baixo!
Quanto às Policias, não se justifica no País do tamanho do nosso.
Não é pequeno , como tantos querem dizer, mas não é grande. É, Médio. Há na
Europa maior e mais pequeno que nós em todos os aspecto: tamanho, população, costa
marítima. Não se justifica não fundir As Policias!
segunda-feira, 17 de junho de 2013
A Corrupção do Bacalhau
Está confirmado, senhores e senhoras. Já não são necessários novos estudos, estatísticas elaboradas ou testemunhos dos próprios corrompidos e corruptos.
A corrupção atingiu o seu cume, o seu Evereste, daqui para a frente o caminho leva-nos directamente para o Inferno !!! O que aconteceu, perguntar-me-ão as almas mais apreensivas ?
Meus amigos, o Bacalhau, o Bacalhau, o ...Bacalhau, repito três vezes como aquele que se ajoelha perante a catedral para pagar uma promessa, está corrompido. Na cadeia de supermercados Jumbo detectou-se que, em vez de Bacalhau com Natas, vendia-se Peixe-Caracol !!!
Peixe - Caracol, como é possível descer mais baixo !!! Imaginem um Peixe majestoso como o Bacalhau, o Rei dessa outra selva aquática de peixes, comparado a um miserável e nojento Caracol, que usurpa asquerosamente o seu lugar !!!
As autoridades têm de tomar medidas, o Governo tem de se reunir de emergência e, em vez de 9 horas, fazer reuniões de 24 horas, a Troika, sim, a Troika tem de delinear um plano de salvação do Bacalhau - já que o plano de destruição do país está a correr lindamente - a própria oposição, a Sociedade civil, sei lá quem mais ...
Temos de salvar o Bacalhau !!! Temos de salvar, pelo menos, o paladar da Nação já que tudo o resto está em degradação.
A corrupção atingiu o seu cume, o seu Evereste, daqui para a frente o caminho leva-nos directamente para o Inferno !!! O que aconteceu, perguntar-me-ão as almas mais apreensivas ?
Meus amigos, o Bacalhau, o Bacalhau, o ...Bacalhau, repito três vezes como aquele que se ajoelha perante a catedral para pagar uma promessa, está corrompido. Na cadeia de supermercados Jumbo detectou-se que, em vez de Bacalhau com Natas, vendia-se Peixe-Caracol !!!
Peixe - Caracol, como é possível descer mais baixo !!! Imaginem um Peixe majestoso como o Bacalhau, o Rei dessa outra selva aquática de peixes, comparado a um miserável e nojento Caracol, que usurpa asquerosamente o seu lugar !!!
As autoridades têm de tomar medidas, o Governo tem de se reunir de emergência e, em vez de 9 horas, fazer reuniões de 24 horas, a Troika, sim, a Troika tem de delinear um plano de salvação do Bacalhau - já que o plano de destruição do país está a correr lindamente - a própria oposição, a Sociedade civil, sei lá quem mais ...
Temos de salvar o Bacalhau !!! Temos de salvar, pelo menos, o paladar da Nação já que tudo o resto está em degradação.
A corrupção dos bens alimentares, ao contrário do que possa parecer, é uma questão primordial. Exemplifica um desleixo, uma incapacidade para respeitarmos as nossas tradições mais elementares, que merece o levantamento de um povo.
Às armas, às armas pelo Bacalhau vamos lutar, contra os Caracóis iremos triunfar !!!!
Às armas, às armas pelo Bacalhau vamos lutar, contra os Caracóis iremos triunfar !!!!
Rui Marques
Exemplar (es)
(Feira do Livro no Porto em 2012)
A
edição de sexta-feira de o “Público” trás um suplemento, “Ípsilon”, com os
artigos ligados à cultura, novidades da artes e espectáculos. Nesta última
edição, como não poderia deixar de ser, deu um destaque 6 páginas ao Herberto
Helder que tinha acabado de lançar mais um livro de poemas inéditos, “Servidões”, que como diz o jornalista Luís Miguel Queirós, é novíssimo e está
esgotadíssimo. Ora como é do conhecimento de muitos o poeta tem uma atitude muito
reservada quanto a entrevistas e fotografias como que alimentando uma certa
aura. Com este novo livro de poemas de H. Helder ficamos mais uma vez, tal como
aconteceu em 2008 com “A Faca Não
Corta o Fogo”, com água a crescer na boca
porque a edição se limita a 5 mil exemplares, por vontade expressa do escritor
e pena da editora, julgo. Ou não, uma vez que em 2008 a editora acabou por
contornar a questão com a edição imediatamente posterior da colectânea de
poesia “Ofício Cantante” onde se incluía já “A Faca Não Corta o Fogo”. Este
ano, já admitido por Luís Miguel Queirós em “Público” de 23 de Maio, iremos ter
nova edição da sua colectânea de poesia completa, em breve. Truque? Marketing? Preocupação
ambiental? Qual o sentido? Este ano volta a ter um limite de exemplares para o
sempre aguardado livro do poeta. Milhares de leitores do “Público” ficaram a
saber, por intermédio dos jornalistas que a promovem, do interesse e valor
desta obra, no entanto muito poucos, por vontade do escritor, a poderão ler. Que
sentido faz a editora oferecer (!) livros aos diferentes jornalistas para a sua
promoção se a totalidade da edição já está vendida à partida? Claro que os
jornalistas agradecem. Serão donos de uma imensidão de livros…oferecidos. Sempre
julguei que houvesse a ambição de a nossa obra ser lida, apreciada, elogiada
pelo o maior números de pessoas possível. Daí o destaque que se dá a uma obra
quando rapidamente esgota e se têem de fazer novas edições. Por outro lado o
que seriam das livrarias e editoras se TODOS os escritores, romancistas,
ensaístas, poetas, contistas fossem assim contidos no número de exemplares editados?
E de nós, que não poderíamos entrar numa livraria e passear os olhos nas
páginas preferidas, namorar um pouco com os livros que não podemos comprar ou
tão só satisfazer a nossa curiosidade literária? As livrarias deixariam de
fazer sentido dado que o livro antes de sair já estaria esgotado. E para
aqueles que têm o privilégio de conseguir serem os primeiros a encomendar o
livro não necessitariam de sair de casa. A internet punha-lhes o livro em casa,
pelo correio. Quando soube da iminente saída do “Servidões” lá me dirigi à livraria
mas disseram-me logo que da quantidade de reservas poucas seriam satisfeitas.
Pena. E fiquei a pensar no que tem o poeta contra as livrarias e que sua obra seja
lida por…vá lã, mais uns mil ou dois mil leitores. A resposta talvez a tenha
dado António Guerreiro num artigo no mesmo suplemento:”Herberto Hélder zela
tanto pela autonomia da sua obra (…) que acabou por criar condições aptas a um
investimento mercantil: o seu livro é capturado por especuladores, como se
tratasse de um produto financeiro ou de uma mercadoria rara.” Estará Herberto
Helder do lado do grande capital, dos especuladores, dos que vêem nos seus
livros simplesmente óptimos investimentos? A passada compra da ‘Assírio &
Alvim’ pela ‘Porto Editora’ talvez só tenha sido possível por causa do peso de
H.H. no catálogo ‘Assírio’. Um bom investimento sem dúvida. A pergunta que fica
é: e quando o poeta nos deixar, as reedições, que não terão o mesmo valor
obviamente, irão pelo menos aparecer para os que ainda aguardam conhecer a sua
obra? Talvez um dia tenhamos o orgulho de ver uma 1ª edição de “Servidões”
ou “A Faca Não Corta o Fogo” leiloada na ‘Christie’s’ por uma fortuna. Se eu
tivesse capital sem dúvida que investiria em “Cultura”. Parece que é o que está
a dar…e mesmo assim, sem querer, julgo já ter algumas raridades.
Olá, cegonha!
Com a aprovação das adopções de
crianças por pares de homossexuais, deveria ser, de novo, introduzido nos
programas de Educação Sexual a teoria da cegonha para explicar às crianças de
onde vêm os bebés.
Desta forma, as crianças já não vão estranhar, nem fazer
perguntas de difícil explicação, por serem filhas de dois pais ou de duas mães.
Esperemos, no entanto, que as adolescentes, para não engravidarem, não passem a
atirar pedras às cegonhas, em vez de usarem contraceptivos.
Santana-Maia Leonardo
Jornal A Barca, 13-6-2013
domingo, 16 de junho de 2013
O regabofe continua
Alguns iluminados "comentadores" políticos procuram iludir-nos dizendo que a crise é internacional e abstendo-se de referir que a sua causa principal é a corrupção. Os "eruditos" que na rádio, na TV e nos jornais dizem que o mal é da conjuntura internacional iludem-nos e desresponsabilizam os três partidos de direita que há 37 anos nos desgovernam (CDS, PSD e PS) através do regabofe que, afinal, continua. Claro: tais "eruditos" comentadores são desses mesmos partidos!
Soubemos hoje que o Tribunal de Contas detectou ilegalidades na ilha da Madeira envolvendo 12,3 mil milhões de euros; trata-se de violações de limites de endividamento, ocultação de dívidas e violação de regras da contratação.
Soluções para tamanha pouca vergonha: - 1ª) façamos uma revolução confiando os nossos votos ao PCP e ao BE, e passaremos assim a viver outro paradigma de alternância democrática, que pior que a de direita não pode ser; 2ª) em alternativa, como já não há cravos nas espingardas para fazermos outro 25 de Abril, derrubemos com votos em branco a Constituição, a lei eleitoral e a lei do financiamento dos partidos porque estas leis facilitam a corrupção; e que a Junta de Salvação Nacional nascida deste golpe de Estado corte os financiamentos à Madeira (obrigando-os à independência) e mande julgar os governantes dessa ilha e do Continente responsáveis pelas gravíssimas ilegalidades que o Tribunal de Contas detectou; os novos partidos nascidos depois desta revolução serão mais justos porque aprenderão com a lição que os eleitores não são parvos.
José Madureira
Nem tudo é mau
Neste País
nem tudo é mau, no momento tão conturbado das nossas vidas em que estamos a
passar e a viver, que têm sido dias terríveis aqueles que temos vindo a passar em
todos as áreas do nosso dia-a-dia, quero hoje fazer uma pausa e não tecer
qualquer comentários ou críticas negativas seja a quem for.
Como é bom assim
podermos também descansar um pouco fazendo uma pausa para falar de coisas boas
que acontecem e que devemos registar, salientar e saudar, não esquecendo esses feitos
de quem nos representa no estrangeiro, neste caso mais concreto do nosso ciclista
Rui Costa que brilhantemente venceu a Volta à Suíça em bicicleta.
Hoje o
desporto português, mais concretamente o ciclismo através do poveiro Rui Costa
a representar a Movistar, está de parabéns pela vitória deste atleta português,
pelo segundo ano consecutivo, ao ter vencido a Volta à Suíça.
Esta vitória
não vai decerto apagar ou esquecer os nossos problemas…mas a mim como português
enche-me de orgulho e sabe tão bem.
Mário da Silva Jesus
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