sexta-feira, 7 de junho de 2013

gaspar errou!

O Sr. Vítor Gaspar não para, ultimamente, de surpreender. Depois de um longo período de austeridade letárgica, decretou, ao lado do seu olvidado colega da pasta dos assuntos económicos, o tempo do investimento. "Tomem nota", demarcou Gaspar na sua oficial voz ministerial. Presumo que todos anotamos e também prevejo que esta declaração mudará o céu e a terra portuguesas. Afinal, Gaspar é Gaspar e não é todas as legislaturas que temos a sorte de sermos governados por um brilhante e respeitado académico de Bruxelas. Mas... eu disse governados? Então não é Passos Coelho o primeiro-ministro? O líder do Governo? Aquele que giza as diretrizes políticas do executivo? A voz última?
Deveria ser. O Sr. Gaspar teima em disparatar. Estou em crer que a tendência para o disparate anda de mãos dadas com a involução dos resultados de dois anos de ação governativa. Hoje, no Parlamento, Vítor Gaspar afirmou que errou. E o seu maior erro terá sido não ter começado pela reforma do Estado, em vez da austeridade. Numa frase, o Senhor Gaspar mostrou toda a sua incompetência. Em primeiro lugar, porque não foi por falta de avisos que ele não seguiu um rumo diferente. Depois, eu pensava que a reforma do Estado não se posicionava na esfera exclusiva do Ministério das Finanças. Mais do que isso, a frase lapidar de Gaspar apresenta-se como uma espécie de atestado de apatia política para os restantes ministros, principalmente os que têm acrescidamente essa responsabilidade. E estou a falar, obviamente, de Paulo Portas e de Passos Coelho. Este último era expetável, apesar de tudo. Porém, Paulo Portas acordou, decididamente, tarde. Anda a tratar da vidinha, ultimamente. E não a encontrará, decerto, nos seus pares do conselho.

2 comentários:

  1. Vai haver mais chuva do que seria de esperar.

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  2. As aparições de Gaspar na televisão davam a entender que era um robot e que não podia ter emoções ou sentimentos para o que não estaria para aí programado. Afinal é uma pessoa. Sofre pelo Benfica e reconhece que errou nalgumas decisões tomadas. Pelo menos temos um ser humano o que nos dá alguma esperança, não como Ministro das Finanças, porque tem a obsessão do défice, mas como ser igual a nós.

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