Há todas as razões para os trabalhadores fazerem Greve Geral. O emprego está cada vez mais inseguro, precário e pago ao preço «da chuva». A precarização rouba a dignidade a quem trabalha, não podendo ser a troco duma malga de arroz. Os ordenados reduzem-se e o salário minimíssimo nacional está congelado há anos. Direitos em regressão acentuada, aumentando cada vez mais os deveres. Contratação Colectiva do Trabalho em vias de extinção, sendo óptimo para o patronato os contratos individuais de trabalho... Já se despede, porque sim! Segurança Social a responder cada vez menos, ficando as prestações sociais por pagar muito aquém do total dos desempregados. Sanha persecutória na privatização do bem (serviço) público: A nata do SNS; os CTT; TAP; Água etc. Até as Confederações patronais afirmam que a austeridade falhou e são amplamente beneficiados na relação capital/trabalho. Os trabalhadores foram garroteados por medidas duríssimas que não serviram para nada. A OCDE prevê o agravamento de todos os indicadores económicos e financeiros, apontando uma dívida de 132% do PIB, em 2014. A dívida aumentou 48 mil milhões de euros(!), e já representa 127% do Produto Interno Bruto.
Trabalhamos mais horas que os alemães e finlandeses, porque razão estamos a “anos-luz” desses povos em rendimento per capita? A redistribuição da riqueza não é utopia, é um facto muitas vezes assinalado. Aí, Portugal também deixará de ser protetorado, recuperando a independência com justiça social e felicidade.
Vítor Colaço Santos
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