A história passou-se no dia 10
de Junho, dia das comemorações oficiais de Portugal de Camões e das Comunidades
Portuguesas, na linda e acolhedora cidade alentejana de Elvas (que saudades eu
tenho daquela cidade quando passei por lá, quando fiz a minha recruta no
Batalhão de Caçadores 8), este ano escolhida para o efeito para receber tal
evento. Dia, que entretanto aos olhos dos portugueses não deixou de passar
indiferente, por muitas razões que ali se verificaram e que não vale a pena
neste momento estar agora e enumerar, uma vez que já foi sobejamente discadas e
analisadas nos órgãos da comunicação social. Somente acrescento que para o
momento de grandes dificuldades económicas que estamos a atravessar e que a
maioria dos portugueses não está a conseguir sobreviver com a dignidade que
merece, era para já urgente conter toda aquela despesa de pompa e circunstância
que foi feita, naquela grande manifestação de ostentação de uma festança tão aburguesada.
Aquele dia 10 de Junho, (que antigamente era
aproveitado pelo Estado Novo para homenagear os seus combatentes do ex-ultramar),
hoje serve igualmente para pendurar algumas “etiquetas” e homenagear alguns cidadãos
que mais se distinguiram (?), (como cidadão nunca mais vejo a hora de também
poder vir a ser um dia condecorado).
Entretanto
um cidadão, residente na vila de Campo Maior, no meio daquela euforia festiva, teve
a lucidez a ousadia e a coragem de desabafar e gritar ao chefe de Estado “vai
trabalhar”, e outros impropérios que escuse estar aqui a enumerar, mas que tais
palavrões, para mim também não deixam de traduzir a verdade de alguns de nós,
diante daquele cidadão e perante o que se está a passar neste nosso “burgo”,
provocada por estes maus políticos que temos de aturar. Como tal foi identificado
e detido, tendo sido levado a tribunal, e condenado a pagar uma multa de 1300
euros, por tais verdades nuas e cruas.
E é verdade, logo no espaço de 48 horas o
tribunal da Comarca de Elvas, lá tratou e resolveu o problema, e foi tão rápido
que num abrir e fechar de olhos, o citado assunto, da falta de respeito para com
o chefe de Estado, foi de imediato tratado.
Que
bom, digo eu, (pensando para mim, pela calado da noite), que raio, os tribunais
deviam ser sempre assim, mas não são infelizmente, conclui eu, como todos nós
sabemos e para a maior parte dos casos ou sempre, eles enrolam, enrolam, que
muitas vezes até deixam prescrever muitos casos, alguns deles delicados demais,
que espantam o comum do cidadão
Que
tribunal tão célere.
Não
quero acreditar que tivesse acontecido na nossa terra, quando todos nós sabemos
como anda a Justiça, que é lenta, que anda a passo de caracol para resolver
muitas situações, e para mim o lema é este, devagar e devagarinho.
Que
casos temos ouvido falar, em que a justiça fosse tão rápida a resolver um caso,
como foi este?.
Mário da Silva Jesus
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