sexta-feira, 14 de junho de 2013

Onde está a Justiça?





A história passou-se no dia 10 de Junho, dia das comemorações oficiais de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, na linda e acolhedora cidade alentejana de Elvas (que saudades eu tenho daquela cidade quando passei por lá, quando fiz a minha recruta no Batalhão de Caçadores 8), este ano escolhida para o efeito para receber tal evento. Dia, que entretanto aos olhos dos portugueses não deixou de passar indiferente, por muitas razões que ali se verificaram e que não vale a pena neste momento estar agora e enumerar, uma vez que já foi sobejamente discadas e analisadas nos órgãos da comunicação social. Somente acrescento que para o momento de grandes dificuldades económicas que estamos a atravessar e que a maioria dos portugueses não está a conseguir sobreviver com a dignidade que merece, era para já urgente conter toda aquela despesa de pompa e circunstância que foi feita, naquela grande manifestação de ostentação de uma festança tão aburguesada.
 Aquele dia 10 de Junho, (que antigamente era aproveitado pelo Estado Novo para homenagear os seus combatentes do ex-ultramar), hoje serve igualmente para pendurar algumas “etiquetas” e homenagear alguns cidadãos que mais se distinguiram (?), (como cidadão nunca mais vejo a hora de também poder vir a ser um dia condecorado).
   Entretanto um cidadão, residente na vila de Campo Maior, no meio daquela euforia festiva, teve a lucidez a ousadia e a coragem de desabafar e gritar ao chefe de Estado “vai trabalhar”, e outros impropérios que escuse estar aqui a enumerar, mas que tais palavrões, para mim também não deixam de traduzir a verdade de alguns de nós, diante daquele cidadão e perante o que se está a passar neste nosso “burgo”, provocada por estes maus políticos que temos de aturar. Como tal foi identificado e detido, tendo sido levado a tribunal, e condenado a pagar uma multa de 1300 euros, por tais verdades nuas e cruas.
 E é verdade, logo no espaço de 48 horas o tribunal da Comarca de Elvas, lá tratou e resolveu o problema, e foi tão rápido que num abrir e fechar de olhos, o citado assunto, da falta de respeito para com o chefe de Estado, foi de imediato tratado.
   Que bom, digo eu, (pensando para mim, pela calado da noite), que raio, os tribunais deviam ser sempre assim, mas não são infelizmente, conclui eu, como todos nós sabemos e para a maior parte dos casos ou sempre, eles enrolam, enrolam, que muitas vezes até deixam prescrever muitos casos, alguns deles delicados demais, que espantam o comum do cidadão
  Que tribunal tão célere.
 Não quero acreditar que tivesse acontecido na nossa terra, quando todos nós sabemos como anda a Justiça, que é lenta, que anda a passo de caracol para resolver muitas situações, e para mim o lema é este, devagar e devagarinho.
  Que casos temos ouvido falar, em que a justiça fosse tão rápida a resolver um caso, como foi este?.

    Mário da Silva Jesus                



   

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