E todo este descontentamento assim expressado, demonstra bem que quase tudo está posto em causa, com imensas e impensáveis origens, porque quem devia apaziguar os ‘beligerantes’ faz precisamente o contrário, prometendo o que nunca cumpre nem cumpriu, e executando o que sempre negou e tem negado realizar, com a complacência de um aqueloutro que se poderá apodar de um quase trengo corta-fitas.
E o mais grave de tudo isso é que já (quase) ninguém acredita em nada do que eles dizem, pois as verborreias são tão inconsequentes e tão desapropriadas, que nada de bom acrescentam para debelar a desgraça colectiva de todos (nós).
Assim, este nosso querido ancião e mui amado Portugal, sem rumo e com pouco aprumo, mergulhado em negro fumo de todas as desilusões, parece mal fadado desde aquela trágica manhã de nevoeiro até à embocadura do brumoso túnel para onde fomos guiados.
José Amaral
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