Abbas Kiarostami (realizador)
1940.Junho.22
– Teerão, Irão /
Licenciado em Belas Artes pela Universidade de
Teerão estreou-se em 1970 como
realizador. “Onde é
a casa do meu amigo?” (1987) foi o filme que o projectou internacionalmente tendo
a partir de então sido uma presença regular nos festivais de cinema
internacionais. Ganhou a Palma de Ouro em Cannes com o filme “O Sabor da Cereja” (1997) e dois anos mais tarde com o filme “O Vento levar-nos-á” ganha o Leão de Ouro do Festival de Veneza. No seu
filme “10” (2002) a mulher é a protagonista tendo o
realizador pretendido dar uma visão da mulher moderna iraniana. Praticamente
todo o filme se passa dentro de um automóvel conduzido por uma mulher e onde
ela tem de discussões de cariz sócio-político tendo em conta a vivência
iraniana. O carro funcionou aqui como espaço de reflexão, observação e de
conversação. Na maior parte dos seus outros filmes os espaços naturais são o
seu cenário preferido como “desejo de estar na natureza, de contemplar o céu, o
Outono, as quatro estações: esta é a única coisa que me faz recear a morte.
Porque o amor que aumenta de intensidade a cada dia, enquanto os outros perdem
força, é o amor pela natureza. Por essa razão os meus próximos filmes ainda
continuarão a tratar da natureza, e de facto o argumento destes será um
pretexto para estar novamente no meio dela.” De Abbas Kiarostami disse Akira
Kurosawa:”Quando Satyajit Ray nos deixou, fiquei muito desolado. Mas depois de
ver os filmes de Kiarostami, agradeço a Deus por nos ter dado um bom
substituto.” Uma das outras características de realizador iraniano é a
preferência por actores não-profissionais. Dada a sua projecção internacional,
Kiarostami é frequentemente convidado para integrar o júri de inúmeros
festivais de cinema internacionais. Em 2004 a Cinemateca Portuguesa dedicou-lhe
um ciclo de cinema e recentemente passou na RTP o seu último filme, “Cópia Certificada”, com Juliette Binoche.
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