Ando com duas questões encasquetadas na minha cabeça, que
passo a compartilhar com todos que tenham a pachorra de me lerem.
Assim, vamos à primeira: já há uns tempos que os senhores
responsáveis pela RTP tudo têm feito (e fizeram) para reduzir à ínfima espécie
o Centro de Produção do Porto, implantado no Monte da Virgem, em VN de Gaia. De lá ‘roubaram’ os programas Portugal no Coração e a Praça da Alegria, para tudo ir na voragem do centrípeto centralismo de Lisboa.
Agora, mesmo na capital do nosso desatino colectivo, o programa humorístico de Herman José vai de ‘vela virada’, não continuando no próximo ano, porque tem tido audiências modestas, dizem os ditos supra entendidos na matéria.
Mas, pergunto: que audiências querem ter (a subir) com programas a irem para o ar depois das 23 horas, ou até à meia-noite?
O ‘cultural’ concurso ‘sabe ou não sabe’ vai para o ar às 21,15 e o ‘chefs academy’ logo a seguir, para só depois termos o Herman para desopilarmos um pouco as agruras da vida que nos é imposta quase à chicotada por todos aqueles que desregraram todo o nosso viver colectivo.
A segunda novidade foi a excelentíssima senhora D. Assunção
Cristas, ministra para a agricultura e pescas, ter feito um acordo com a sua
homóloga da Noruega no que toca à conservação da cura tradicional do nosso fiel
amigo sem as modernices dos fosfatos, o que se deve salientar como muito
positivo.
No, entanto, a parte mais negativa da questão, é ter-se
esquecido (a D. Assunção Cristas) de que faz parte de um Governo que, na EU,
concordou e assinou a disposição de o nosso fiel amigo passar a ser curado à
base de fosfatos, i.e., com sal de ácido fosfórico, pelo que faço esta
pertinente interrogação: poderá um acordo de um ministro sobrepor-se ao seu
próprio Governo?
José Amaral
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