Estamos quase em outro ano: 2014, sem que no ano que ora
finda os meios diplomáticos portugueses tivessem envidado o mínimo esforço
acerca da rapinagem que a vizinha Espanha vergonhosamente exerceu sobre
Portugal, usurpando-lhe o território oliventino com a bela e histórica cidade
de Olivença incluída.
De facto, remontando-nos aos últimos anos do final do século
XVIII e os primeiros quinze anos do século XIX, Espanha e França perpetraram
muitíssimas traições contra Portugal.
Depois de Portugal ter ajudado militarmente a Espanha contra
a França (na Campanha de Rossilhão), estas duas nações, com muitas jogadas
palacianas, tentaram por todos os meios, usando até a força das armas, retalhar
a nação lusitana entre si, conforme o acordado e secreto Tratado de
Fontainebleu, para, de seguida, com as invasões francesas (de 1807 a 1811) e demais actos
afrontosos fronteiriços (Guerra das Laranjas), arquitectados pela política
traiçoeira de Espanha em conluio com a França de Bonaparte, Portugal ter sido
forçado a ceder a praça de Olivença (através do Tratado de Badajoz), apesar da
Comunidade Europeia das Nações ter obrigado a Espanha a restituir tais terras
oliventinas a Portugal, conforme ficou estipulado no Congresso/Conferência de
Viena, no seu art. nº 105, que decorreu entre Setembro de 1814 a Junho de 1815.
No entanto, até hoje, decorridos duzentos anos, Portugal
continua amputado de parte do seu território, sem que nada seja feito para
contrariar tal incumprimento espanhol, nem ninguém obrigue a Espanha a cumprir
o que a Lei Internacional de Nações decidiu, repondo o território roubado (o de
Olivença), o que não aconteceu até aos dias de hoje.
É bem verdade o ditado que reza assim, com mais um pequeno
alongo que agora lhe faço: ‘de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento, como
também, nem exemplar cumprimento’.
José Amaral
Teremos que dar boas razões ao povo de Olivença, para ser ele a querer vivamente o regresso às origens.
ResponderEliminarMas olhando para a forma como vai o reino....quererão?