quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Quando voltará Olivença a ser Portugal?


 
Estamos quase em outro ano: 2014, sem que no ano que ora finda os meios diplomáticos portugueses tivessem envidado o mínimo esforço acerca da rapinagem que a vizinha Espanha vergonhosamente exerceu sobre Portugal, usurpando-lhe o território oliventino com a bela e histórica cidade de Olivença incluída.

De facto, remontando-nos aos últimos anos do final do século XVIII e os primeiros quinze anos do século XIX, Espanha e França perpetraram muitíssimas traições contra Portugal.

Depois de Portugal ter ajudado militarmente a Espanha contra a França (na Campanha de Rossilhão), estas duas nações, com muitas jogadas palacianas, tentaram por todos os meios, usando até a força das armas, retalhar a nação lusitana entre si, conforme o acordado e secreto Tratado de Fontainebleu, para, de seguida, com as invasões francesas (de 1807 a 1811) e demais actos afrontosos fronteiriços (Guerra das Laranjas), arquitectados pela política traiçoeira de Espanha em conluio com a França de Bonaparte, Portugal ter sido forçado a ceder a praça de Olivença (através do Tratado de Badajoz), apesar da Comunidade Europeia das Nações ter obrigado a Espanha a restituir tais terras oliventinas a Portugal, conforme ficou estipulado no Congresso/Conferência de Viena, no seu art. nº 105, que decorreu entre Setembro de 1814 a Junho de 1815.

No entanto, até hoje, decorridos duzentos anos, Portugal continua amputado de parte do seu território, sem que nada seja feito para contrariar tal incumprimento espanhol, nem ninguém obrigue a Espanha a cumprir o que a Lei Internacional de Nações decidiu, repondo o território roubado (o de Olivença), o que não aconteceu até aos dias de hoje.

É bem verdade o ditado que reza assim, com mais um pequeno alongo que agora lhe faço: ‘de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento, como também, nem exemplar cumprimento’.

 

José Amaral

1 comentário:

  1. Teremos que dar boas razões ao povo de Olivença, para ser ele a querer vivamente o regresso às origens.
    Mas olhando para a forma como vai o reino....quererão?

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